15 Fevereiro 2018 | Fernanda Mendes

Majors falam sobre aquisições no mercado de entretenimento

Durante conferência nos EUA a Fox falou sobre a suposta intenção de compra feita pela Comcast

Em meio a diversas fusões e aquisições no mercado de entretenimento internacional, aconteceu no início dessa semana (entre os dias 12 e 13) a Code Media, uma conferência que reúne os principais agentes do mercado de mídia e tecnologia para discutir tendências de conteúdo, distribuição e monetização.

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Durante o evento, um dos assuntos mais falados foi a suposta intenção de compra da 21st Century Fox pela Comcast. Segundo o The Wall Street Journal, a gigante de mídia ofereceu US$ 60 bilhões para adquirir a Fox em dezembro último e agora estaria interessada novamente em cobrir a oferta realizada pela Disney de US$ 52,4 bilhões.

O presidente da 21st Century Fox, Peter Rice, no entanto, deixou claro que, apesar das áreas da empresa poderem ser benéficas para ambos os grupos, ele dará preferência para a Disney. “Eu acho que caberá muito bem para a Disney. Estamos muito empolgados com isso”.

Em outro painel da conferência, Kevin Mayer, presidente de estratégias da Walt Disney Co., reforçou que o foco principal dos estúdios do conglomerado ainda é entregar blockbusters para as salas de cinema. “Este modelo nos serve muito bem. Não tenho certeza de que exista uma necessidade urgente de interromper isso”, contou. Aliás, em 2017 a Disney bateu pelo terceiro ano consecutivo os US$ 5 bilhões em bilheteria.

Apesar dos planos para entrar no mercado de streaming, o executivo deixou claro que o grupo não pretende “matar a Netflix”, serviço de VOD do qual retirará seus títulos a partir de 2019. Em contrapartida, a Disney torce pelo crescimento de outro serviço, Hulu, do qual irá adquirir 60% das ações se a compra da Fox for aprovada.

Mayer também explicou que a Disney ainda está elaborando como será o seu futuro serviço de streaming e como irão encaixar seus diversos conteúdos na plataforma. Recentemente a companhia havia dito que provavelmente filmes de Star Wars e Marvel estariam em serviços diferentes de títulos da Pixar, por exemplo. Mas agora, parece que a realidade está mudando. “Nós temos a marca Marvel e Star Wars em nossos parques temáticos e no canal de TV Disney Channel. Não achamos que não há essa dissonância de marca”.

AT&T e Time Warner

Outra aquisição que é bastante debatida no mercado mundial é a da Time Warner pela AT&T, conglomerado de mídia. Em painel, John Martin, presidente da Turner, empresa da Time Warner, contou que está confiante na fusão. “Eu acho que o governo está sendo sem noção. Eles vão perder”, desabafou em relação a decisão contrária ao acordo tomada pelo Departamento de Justiça dos EUA. “O futuro será brilhante, não importa o que aconteça”.