03 Janeiro 2018 | Fernanda Mendes e Vanessa Vieira

Alex Braga, diretor da ANCINE, quer fortalecer a sustentabilidade da exibição cinematográfica

Executivo conta suas metas e objetivos para seu mandato que começou recentemente

Alex Braga, que foi nomeado diretor da ANCINE em outubro último, deseja não só ampliar os investimentos em salas de cinema, como também fortalecer a sustentabilidade da atividade de exibição cinematográfica nos próximos anos. Inclusive, já em 2018  o executivo afirma que deve ser concluída a criação de uma nova linha de crédito destinada à infraestrutura cinematográfica.

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O Procurador Federal faz parte desde 2003 da Agência Nacional do Cinema e também da Advocacia-Geral da União (AGU). Daqui para frente, Braga deve cumprir seu mandato na direção até outubro de 2021, com o objetivo de desenvolver a economia brasileira por meio do audiovisual. Aliás, como tentativa de se aproximar ainda mais do mercado exibidor, Braga marcou presença no último Show Búzios.

Abaixo saiba mais sobre as metas do executivo em uma conversa que faz parte da série de entrevistas do Portal Exibidor com a diretoria colegiada da ANCINE.

- Quais são os principais objetivos e desafios da sua entrada na diretoria da ANCINE?

O objetivo é a construção de uma agenda institucional eficiente. A ANCINE, a partir da qualidade de seus servidores e da participação dos agentes de mercado, deve ser um espaço de constante evolução e aprimoramento do setor audiovisual. Mais que um desafio, a entrada na direção da ANCINE é um compromisso com o desenvolvimento da indústria audiovisual e com o crescimento da economia brasileira.

- Quais serão seus próximos passos em relação ao mercado exibidor?

Após a promulgação pelo Presidente Michel Temer da Lei n°. 13.524, de 2017, que prorroga o RECINE e a Lei do Audiovisual até 2019, a meta é ampliar os investimentos em salas de cinema e fortalecer a sustentabilidade da atividade de exibição cinematográfica. No plano do Fundo Setorial do Audiovisual, o objetivo é a ampliação das linhas de crédito para construção, reforma e atualização tecnológica de salas de cinema, de acordo com o estudo de demandas e necessidades do setor. Aliás, no início do ano de 2018 deve ser concluída pela ANCINE a criação de uma nova linha de crédito destinada à infraestrutura cinematográfica e audiovisual. Além disso, a programação e a execução financeira do PAR Exibição serão aprimoradas, dando segurança e previsibilidade aos exibidores beneficiados. Em paralelo, algumas questões relativas à consolidação do processo de digitalização ainda estão pendentes de resolução e devem ser priorizadas. No campo regulatório, o próximo passo é acompanhar e avaliar, junto ao setor, as mudanças propostas pela ANCINE em relação à aferição da Cota de Tela 2018.

Veja também a primeira entrevistada da série, a ex-diretora da ANCINE, Rosana Alcântara.