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19 Dezembro 2017 | Natalí Alencar

Idosos ainda são público subaproveitado pelos cinemas segundo o DataFolha

Pesquisa aponta que apenas 15% dos brasileiros com idade entre 60 e 79 anos vão ao cinema

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(Foto: Bubble Argentina)

O DataFolha, braço de pesquisa do jornal Folha de S.Paulo, divulgou dados de um estudo sobre hábitos culturais, realizado junto a 2.732 brasileiros com mais de 16 anos. Desses, 848 tinham 60 anos ou mais.

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Dentre as descobertas da pesquisa, está a pouca frequência de idosos (acima de 60 anos) nos cinemas. Apenas 15% dos respondentes com idade entre 60 e 79 anos afirmaram ter o hábito de ir à telona, enquanto entre os idosos com mais de 80 anos a porcentagem cai ainda mais, para 11%.

A discrepância é mostrada quando os números são comparados aos dos jovens. Entre 16 e 24 anos, 68% costumam ir ao cinema. São 57% dos com idade entre 25 e 34 anos e 43% entre 35 e 44 anos. Entre 45 e 59 anos, o número já começa a cair mais, ficando com 31% dos respondentes com esse hábito.

Esse movimento de redução de acesso a aparelhos culturais conforme a idade aumenta também foi notado em outros segmentos como teatros, shows, danceterias e restaurantes.

Quanto ao poder aquisitivo, ele também influencia a ida dos idosos ao cinema, já que entre as pessoas da terceira idade que recebem até dois salários mínimos, 93% não frequenta as salas de exibição. Entre dois e cinco salários mínimos, são 82%. Dos com mais de cinco salários, 65% não mantêm esse hábito cultural.

Um exemplo de como ir ao cinema pode ser uma atividade “rara” na programação desses idosos mesmo quando o poder aquisitivo é mais alto, apenas 1% dos respondentes com mais de 60 anos que recebem mais de cinco salários mínimos afirmaram frequentar as salas pelo menos uma vez por semana. Dentre os idosos dessa faixa monetária, 65% não vão ao cinema nem uma vez ao ano.

Um detalhe interessante também é apontado pela pesquisa: dentre as pessoas com mais de 60 anos, 37% das mulheres consideram o lazer importante contra 35% dos homens. Apesar da pequena diferença, vale a pena levá-la em conta na hora de planeja o atendimento ao público idoso.

Confira mais dados da pesquisa no site do jornal.

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