11 Dezembro 2017 | Fernanda Mendes
Arábia Saudita prevê abertura de 2 mil salas após 35 anos sem cinemas
Desde a década de 1980 sem telonas, a população saudita voltará a frequentar complexos
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Após 35 anos, a Arábia Saudita voltará a ter suas salas de cinema em funcionamento. O príncipe Mohammed bin Salman anunciou nesta segunda-feira (11) que deu início ao processo de licenciamento para os cinemas do país, sendo que as primeiras salas devem ser abertas em março de 2018.
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“A abertura dos cinemas servirá de catalisador para o crescimento econômico e a diversificação. Ao desenvolver o setor cultural, criaremos novas oportunidades de emprego e treinamento, além de enriquecer as opções de entretenimento”, contou o ministro da cultura e informação, Awwad bin Saleh Alawwad. A medida faz parte do programa de reforma social e econômica Visão 2030.
A previsão é que até 2030 haja 300 cinemas, totalizando 2 mil telas. Segundo o The Hollywood Reporter, muitos empreendedores já construíram cinemas em antecipação a esse anúncio.
Aliás, em janeiro, a maior autoridade religiosa do país, Sheikh Abdul Aziz Al al-Sheikh, alertou que a reabertura dos cinemas promoveria a depravação e a corrupção dos valores morais. No entanto, o país vem sofrendo uma reabertura cultural nos últimos meses. Além de uma Comic Con, o governo também vem organizando shows e uma celebração do Dia Nacional dos Gêneros Integrados com um festival de música eletrônica nas ruas do país. Em setembro último, uma decisão histórica permitiu que as mulheres conseguissem o direito de dirigir.
Apesar de não terem cinemas desde a década de 1980, o país produz filmes que são premiados no mundo todo como Wadjda (2013), da cineasta Haifaa al-Mansour. Este ano o longa Barakah Meets Barakah foi premiado no Festival de Berlim e tem grandes chances de concorrer ao Oscar.
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