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28 Setembro 2017 | Fernanda Mendes

Acessibilidade de conteúdo promete atrair novo público às salas de cinema

Debate na Expocine contou com executivos da Dolby, Ktalise, ANCINE e Assista

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(Foto: Revista Exibidor)

Após a norma definida pela ANCINE para a implementação de acessibilidade de conteúdo, incluindo LIBRAS, nos cinemas brasileiros, o mercado fornecedor está encontrando as melhores soluções apara auxiliar os exibidores e distribuidores. Na palestra “Soluções em acessibilidade” que aconteceu nesta manhã da Expocine, Mike Archer, vice-presidente de vendas em cinema da Dolby, contou que o mais importante não é a tecnologia embutida, mas sim, o produto finalizado que irá atender à comunidade.

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Particularmente, o executivo acredita que entre o armazenamento na nuvem e em DCP, a segunda opção é a mais consolidada. “É preciso entregar produtos consistentes, caso contrário haverá problemas”.

Já Solange Almeida, da Ktalise, acredita que ambas as soluções podem atender o mercado, desde que seja de uma maneira ampla e inclusiva. “O exibidor é quem deve decidir. É preciso ter foco em como vão atender esse novo público que chega com uma série de necessidades, tem que haver um atendimento especial”, comentou.

Aliás, a questão do armazenamento foi até mesmo indagada pelo padrão DCI e isso, poderá atrasar a obrigatoriedade da norma, que estava prevista para novembro. “A nossa interpretação é que falta conhecimento pleno do modelo e falta diálogo. Estamos encontrando a melhor solução”, afirmou Maurício Hirata, secretário executivo da ANCINE. Para isso, a agência até mesmo reabrirá novas câmaras técnicas para propor outros debates com o mercado.

Formação de público

Solange enxerga com olhos bastantes positivos o atual cenário brasileiro. A executiva contou que é um contexto que só irá para frente, não poderá ter retrocessos. Archer também concorda que os exibidores deverão trabalhar juntamente com a comunidade para adequar cada vez mais a maneira de utilizar os novos produtos. Além disso, a proximidade com os produtores de filmes também pode acrescentar valor aos conteúdos que chegarão nas telonas.

Hirata concorda: “Os exibidores e distribuidores que se preocuparem com isso terão mais retorno. Fazer lançamentos por exemplo de filmes que sejam pensados para esta plateia”.

Mas os custos no bolso dos exibidores não foram descartados. Archer disse que a Dolby trabalha para ter a solução com o melhor custo benefício possível. Já Solange acredita que o retorno deste investimento será certo. “Temos 36 milhões de pessoas com deficiência visual e auditiva no Brasil. Tem um mercado aí, é quase inevitável que esse público vá ao cinema”, reforçou.

Para isso, a executiva ressaltou as ações de marketing e divulgação desta nova possibilidade para atrair esses espectadores. A acessibilidade tem que estar presente desde o primeiro canal de comunicação com os clientes, como nos sites das exibidoras, nos quais poderão ter acessibilidade também para se conectar com o público por todos os caminhos.

“O mercado de acessibilidade é impulsionado pela civilidade. A maioria das pessoas com deficiência que tem acesso pela primeira vez a um equipamento desse, começa a chorar. Não é um mercado que gera muita receita, mas queremos fazer com que esse tipo de investimento faça sentido”, finalizou Archer da Dolby.

Confira a cobertura do primeirosegundo dia do evento.

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