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31 Agosto 2017 | Natalí Alencar

"Polícia Federal - A Lei é para Todos" quer promover o debate político saudável

Longa nacional de ação pretende abrir caminhos para o gênero no País

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(Foto: Portal Exibidor)

A Downtown Filmes e a Paris Filmes realizaram nessa semana uma série de atividades para promover o lançamento de Polícia Federal - A Lei é para Todos, que estreia nos cinemas no emblemático 7 de setembro.

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O filme conta a saga da maior operação de combate à corrupção da história do País – a Operação Lava Jato. Pelo ponto de vista do delegado Ivan (Antonio Calloni) e de sua equipe da Polícia Federal, em conjunto com a força-tarefa do Ministério Público Federal, o longa revela os esforços para desvendar o esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propinas a executivos de uma estatal de petróleo, empreiteiras, partidos políticos e parlamentares.

Além da pré-estreia e uma ação especial em Curitiba, o filme teve sessões em São Paulo e Rio de Janeiro e uma coletiva de imprensa no Cinemark Shopping Cidade São Paulo (SP), que atraiu jornalistas de vários veículos e lotou a sala de exibição como há tempos não se via em uma cabine para imprensa de um longa nacional.

Aguardado com muita expectativa e em meio a polêmicas, o longa de ação, thriller, chega com a proposta de atrair o olhar do público para a corrupção, promovendo um debate saudável e abrindo caminho para o gênero no País, que até então recebe muito mais blockbusters internacionais do que produtos brasileiros.

“O diferencial foi contar a mesma história sobre outro ponto de vista. Como as pessoas foram presas, o processo anterior ao que as pessoas estão acompanhando pela TV. É um filme investigativo, um filme de ação, um thriller feito no Brasil”, disse o diretor Marcelo Antunez.

Acompanhado do elenco (Flávia Alessandra, Antônio Calloni e Bruce Gomlevsky) e do produtor Tomislav Blazic, ele antecipou que o roteiro do segundo filme já está em desenvolvimento e que a ideia é que o produto se torne uma trilogia. A cena final exibida no pós-crédito confirma isso.

Antunez explica ainda que em Polícia Federal - A Lei é para Todos há personagens reais e fictícios e reforçou que o longa é ficção e não um documentário, que é cinema como entretenimento para as pessoas irem e se divertirem.

“Queríamos que as pessoas se relacionassem com os fatos dos filmes. Espero que o publico enxergue o que há de brasileiro nele. Queremos propor o debate político saudável”, completa.

“Não queremos demagogia e sim promover o debate. Não podemos voltar ao estado vegetativo. É preciso promover o debate saudável”, reforçou o produtor. 

“Somos uma democracia jovem e é importante estimular esse debate, ainda que ele aconteça, algumas vezes, de forma desastrosa, é importante estimular. Fiquei emocionado como espectador, me gerou muita satisfação. É entretenimento, é diversão”, acrescentou Calloni.

 

Produção e outras plataformas

Os atores também comentaram o processo de criação dos personagens. Eles foram para Curitiba (PR) e conheceram os personagens reais. Segundo eles, isso deu mais oportunidade para humanizar o filme.

“Foi preciso entender o dia a dia deles. Eles são seres humanos, comuns, que estão a serviço da lei”, comentou Bruce.

“Nenhum deles defendeu uma verdade absoluta. Eles também se questionam sobre qual é o caminho correto. Há um tom de autocritica que é muito saudável e um esforço em tentar sempre fazer o melhor”, ponderou Calloni.

Como referências para o roteiro, o diretor citou Spotlight: Segredos Revelados e A Grande Aposta, já do ponto de vista estético, aponta que procurou fazer um filme brasileiro “com uma história fantástica e real que tem potencial para levar o público aos cinemas”.

“Todos nós somos vítimas da corrupção desde que o Brasil é Brasil. Não tem heróis nessa história. Tem pessoas, humanas, com erros e acertos. Não ficamos nesse quesito do que é bem ou mal. Estou fazendo cinema, não há nenhum critério político e sim artístico”, finalizou o diretor.

Sobre a exibição do filme em outras plataformas, o produtor Tomi disse que o objetivo agora é concentrar esforços para o cinema, mas que já há um acordo com a Telecine e previsão de conversas com a TV aberta.

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