25 Agosto 2017 | Vanessa Vieira
Indústria criativa gerou R$ 20 bilhões para economia brasileira em 2015
Segundo estudo do Sebrae, foram R$ 2,1 bilhões somente em impostos diretos
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O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), em parceria com a APRO (Associação Brasileira de Produção de Obras Audiovisuais) e a Fundação Dom Cabral, escolheram a Minas Gerais Audiovisual Expo – MAX 2017 para divulgar dados de sua pesquisa: Estudo do Impacto Econômico do Audiovisual.
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Por aqui, a indústria criativa do audiovisual faturou R$ 42,7 bilhões em 2015, sendo que R$ 20,8 bilhões foram direto para a economia brasileira, com R$ 2,1 bilhões só de impostos diretos, R$ 1,25 bilhão de impostos indiretos e R$ 6,6 bilhões em remuneração de profissionais. Entre os Estados mais relevantes para o audiovisual brasileiro estão São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, que reúnem 51,9% das empresas do setor e geram 58 mil postos de trabalho.
O Sudeste, assim, permanece centralizando as atividades do segmento, sendo que o audiovisual aumentou sua participação na economia do País em 10%. Isso porque saiu de 0,4% em 2010 para 0,44% em 2014.
Isso também é consequência de um maior investimento público em audiovisual. Entre 2009 e 2014, o aumento nos valores investidos foi de 138%, indo de R$ 149 milhões para R$ 356 milhões. Nos dados divulgados junto a comunicado oficial da MAX 2017, o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, afirma que a cada R$ 1 investido no segmento pela RioFilme atraiu um retorno de R$ 6,3 de outras fontes, gerando também R$ 30 para o PIB, R$ 3,57 em impostos e R$ 1,04 em receita.
Quanto à TV, a ANCINE e a ANATEL informam que em 2015 eram 284 canais por assinatura, 79 programadoras, 19,4 milhões de assinantes de TV paga com 64% vindo do Sudeste. Porém, de acordo com estudo da Nielsen no ano passado, a maior parte dos assinantes de TV paga complementam sua experiência com serviços de vídeo sob demanda (sigla em inglês, VOD).
Mundialmente, estima-se pela pesquisa que a indústria criativa tenha gerado US$ 4,7 trilhões em 2014, o que representa duas vezes o valor do PIB brasileiro. Um dos mercados do setor que mais contribuíram para esses números é o segmento do audiovisual, que fatura anualmente cerca de US$ 400 bilhões de acordo com informações de 2015 do European Audiovisual Observatory.
O mercado mundial de VOD deve dobrar de tamanho entre 2014 e 2018. A IDATE estima que este setor faturará US$ 40 bilhões no ano que vem.
Mais detalhes do Estudo do Impacto Econômico do Audiovisual serão divulgados em painel na MAX 2017, marcado para esta sexta-feira (25). O evento conta com cobertura especial do Portal Exibidor e ainda tem duas exposições paralelas à sua programação. Uma delas, “Um atrapalho no trabalho (apud Paulo Leminski)”, mostrará projetos de artistas em vídeos a cada 15 dias e continuará até novembro. A segunda é “Ofícios da Animação”, com animadores convidados a produzir ao vivo trechos em várias técnicas.
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