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24 Agosto 2017 | Fernanda Mendes

Ações públicas e mercado latino-americano são pautas da MAX

Apresentações da ANCINE e Minas Film Commision apresentaram propostas para o mercado

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Apresentação do site Minas Film Commision na MAX 2017 (Foto: MAX)

Como já ressaltado na abertura da 2ª edição da MAX – Minas Gerais Audiovisual Expo, o Estado mineiro quer galgar cada vez mais o seu espaço no setor audiovisual. Como parte disso, foi apresentado no primeiro dia do evento o site do Minas Film Comission que tem como objetivo ser um facilitador entre os produtores, cineastas e a economia do Estado.

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A plataforma, que foi finalizada nesta semana une informações sobre produtores locais, produtoras, locações (inclusive, com imagens em 360º fornecidas pela CODEMIG – Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais), hotéis, restaurantes, lojas de equipamentos etc. A iniciativa do PRODAM (Programa de Desenvolvimento do Audiovisual Mineiro), também reúne todos os filmes que foram produzidos em Minas Gerais com informações sobre sinopse, roteirista, diretor, entre outros.

Ainda, no quesito da internacionalização das produções mineiras, o site também oferece cada ficha de inscrição com a possibilidade de cadastrar determinado serviço em inglês e espanhol. Segundo Chiquinho Matias, da diretoria de Fomento à Produção Audiovisual, dentro de um mês a plataforma já estará no ar.

Ainda no poder público, o primeiro dia da MAX contou com a apresentação da ANCINE, representada pela diretora-presidente da agência, Débora Ivanov. A mesa mostrou alguns dados que certificam a importância do setor audiovisual para a economia brasileira. Segundo a executiva, este mercado é responsável por 0,5% do PIB, sendo maior que a indústria têxtil e farmacêutica, por exemplo. Ainda, gera 98 mil empregos formais.

Especificamente no mercado de cinema, em 2016 foram contabilizadas 3,1 mil salas, sendo que a ideia é crescer cada vez mais. “O Roberto Lima [diretor da ANCINE] luta por um projeto para ampliar incentivos fiscais incluindo as salas de cinema”, ressaltou.

Ainda, foram apresentadas outras linhas da agência para o fomento da exibição, créditos e incentivos como o RECINE. “Estamos pensando também em novas perspectivas”, comentou.

Aliás, como parte de uma revisão geral das normas e ações da agência, Débora afirmou que agora a nova gestão, com Sérgio Sá Leitão como ministro da Cultura, permite um maior diálogo com o setor, fazendo com que mais vozes contribuam para a construção das novas políticas públicas.

“Convidamos representantes de vários setores para conversar. Com a área de distribuição ficamos em uma reunião de 5 horas para debater os principais gargalos do setor. Chamamos as majors e as independentes também”, comentou.            

Exibição

Até então com suas produções desconhecidas pela maior parte do público, o Paraguai se viu nos holofotes internacionais em 2012 quando lançou o filme 7 Caixas. Durante a apresentação “Mercado Audiovisual na América Latina”, Ricardo Arriola Afara, da CAMPRO (Cámara Paraguaya de Empresas Productoras de Cine y Televisión) falou sobre a mudança significativa que o longa trouxe para o país em relação ao audiovisual.

“O público no Paraguai mudou porque não estava acostumado a se ver nas telas, houve um salto significativo. E em nível internacional, houve destaque apesar de ser tão regional”, afirmou.

Um exemplo foi o lançamento da produção na Argentina. Chegando no país apenas dois anos depois, a distribuidora do conteúdo encontrou bastante dificuldade para que alguma exibidora aceitasse projetá-lo. Quando finalmente uma única sala, e pequena, o colocou em cartaz, após uma semana havia uma fila enorme “que ia até o Obelisco” para assistir à produção. “Isso fez com que esta sala habilitasse outras para exibir o filme, até mesmo em outros circuitos”, comemorou.

O sucesso empolgou os profissionais paraguaios que querem expandir cada vez mais a penetração de seus conteúdos. Para o Brasil, por exemplo, querem mostrar que possuem enredos interessantes. “Nós consumimos muito dos conteúdos do Brasil e também sabemos o que acontece na Argentina, mas os países não nos veem da mesma forma”, lamenta.

Para finalizar, Ricardo ainda mostrou um vídeo institucional do governo do Paraguai que afirma: “um pais sem cinema é um pais sem rosto”.

Confira a cobertura completa da MAX – Minas Gerais Audiovisual Expo.

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