20 Abril 2017 | Vanessa Vieira
Netflix não bate meta de assinaturas e segue foco em conteúdo original
Empresa divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2017
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A Netflix divulgou os seus resultados do primeiro trimestre de 2017 e uma previsão de que chegará a 100 milhões de assinaturas neste fim de semana (22 e 23 de abril).
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Sobre o primeiro trimestre deste ano, a empresa não chegou a bater a expectativa de novas assinaturas, embora tenha chegado perto. Ao todo, foram 4,9 milhões de novas assinaturas, 1,42 milhão dos EUA e 3,53 milhões do mundo. A previsão era de 1,59 milhão dos EUA e 3,68 milhões mundiais. Assim, no fim de março a companhia somava 98,75 milhões de assinantes.
Não bater a meta de novas assinaturas resultou em queda de 3% das ações logo após o anúncio, porém, no mesmo dia as ações registraram outros 3% de aumento, ficando em US$ 147,25 por título. As receitas totais da empresa neste primeiro trimestre ficaram em US$ 2,64 bilhões.
Para este ano, o foco da Netflix em conteúdo original será mantido. Tanto que a empresa prevê investir pelo menos US$ 1 bilhão na publicidade desses conteúdos ainda neste ano. Parte desse valor será voltado para mídia programática. A importância desse conteúdo é tanta que a companhia prevê a venda de títulos seniores no valor de US$ 1 bilhão para financiar as necessidades dessa área, incluinto a aquisição de novos títulos.
Isso mantém uma certa dívida da empresa que, segundo investidores, chega a 10% dos valores totais investidos, considerado abaixo do padrão de mercado, apontado por eles entre 30% e 70%. Atualmente a dívida de longo prazo da Netflix já chega a US$ 3,36 bilhões.
Já para o segundo trimestre, a meta da companhia é menor: alcançar mais 600 mil assinaturas nos EUA e 2,6 milhões no mundo.
Rumor sobre janelas
O The Wall Street Journal divulgou em matéria que os principais estúdios de Hollywood estudam a possibilidade de reduzir drasticamente a janela de lançamento. O objetivo principal seria inibir a pirataria e a ideia é de que os longas cheguem aos serviços de streaming apenas 45 dias após sua estreia nos cinemas. O veículo afirma que essa proposta não oneraria os exibidores porque já contemplaria as pessoas que deixam de ir ao cinema por conta da pirataria.
Vale lembrar que, normalmente, a janela de lançamento entre cinema e serviços como o da Netflix chega a ser o dobro, 90 dias.
Ainda sobre janelas, a empresa mantém seu posicionamento sobre lançamento simultâneo nos cinemas e em seu serviço de VOD. Isso porque, para a Netflix, o assinante deve ser o primeiro a poder ver os filmes originais da companhia já que foi ele que financiou o conteúdo.
*Atualizado em 25/04/2017, às 12h05]
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