21 Março 2017 | Fernanda Mendes
Executivos da Fox e Netflix defendem abertura nas janelas de distribuição
Em encontros internacionais, executivos comentam mudanças no mercado
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E mais uma vez os rumos do mercado cinematográfico foram tema de apresentações de grandes empresas. A começar pela Fox durante o Law School’s 41st annual Entertainment Symposium na Universidade da Califórnia.
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“Os estúdios precisarão encontrar suas próprias plataformas e criar suas próprias oportunidades diretamente para o consumidor”, afirmou Stancey Snider, presidente e CEO da companhia.
A executiva ainda comentou que a indústria precisa expandir as ideias para criar mais oportunidades ao mercado e comentou sobre a competição com as plataformas digitais.
“Eu acho que há novos produtos para serem oferecidos para o público assistir filmes em casa”, ressaltou.
Aliás, sobre as janelas de distribuição e a competição com plataformas de streaming como a Netflix e Amazon, Stancey foi bem clara e comentou que acredita que o quadro pode ajudar a incrementar as receitas do estúdio.
“Nós amamos nossos dispositivos, mas nenhum deles seria bom se não tivesse nada para assistir”, comentou.
Ainda, mudando de assunto, a executiva falou sobre as escolhas de lançamentos dos grandes estúdios de Hollywood. Segundo ela, há espaço tanto para filmes grandes quanto pequenos.
“Eu sinto que os grandes estúdios fazem suas apostas em grandes filmes, mas eu sinto que há oportunidade para outros longas. Estamos empenhados em fazer uma variedade de filmes, mas nós temos que nos perguntar sobre todo longa, particularmente os pequenos: isso requer ver em um cinema?”, afirmou.
Streaming
Em uma sessão para imprensa na Califórnia, o CEO da Netflix, Reed Hastings, também abordou questões sobre o modelo atual de distribuição e exibição. Quando questionado sobre a relação de sua companhia com a cadeia cinematográfica, ele fez declarações polêmicas.
“Como a distribuição inovou no negócio do cinema nos últimos 30 anos? Bem, as pipocas estão mais gostosas, mas é só isso”, comentou.
O executivo sugeriu que os novos modelos de distribuição podem funcionar para os filmes, assim como as redes de TV a cabo e os serviços on-line têm feito para programas de TV. Com isso, segundo ele, mais variedades de produções cinematográficas poderão ter oportunidade de chegarem ao público.
“O que a Netflix quer fazer é liberar os filmes. Tudo isso é fundamentalmente sobre aumentar os negócios em filmes”, acrescentou.
Aliás, ampliar a visibilidade dos filmes é uma questão forte para a companhia de streaming. Hastings afirma que a ideia não é ir contra às redes exibidoras, mas sim, exibir os longas ao mesmo tempo.
Um exemplo é o acordo firmado com a iPic Entertainment no ano passado, em que cerca de 10 longas da plataforma online foram exibidos ao mesmo tempo na cadeia exibidora.
Recentemente o CEO da maior rede de cinemas do mundo, a AMC, apoiou a diminuição das janelas de distribuição.
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