30 Janeiro 2017 | Vanessa Vieira

Braço cinematográfico da Sony tem estimativa de lucratividade revista

Grupo anunciou a inclusão de desvalorização causada pela aquisição da Columbia Pictures em 1989 em perdas do terceiro trimestre fiscal de 2016

A Sony Corporation anunciou nesta segunda-feira (30) que considerará uma despesa por desvalorização de US$ 962 milhões como uma perda do terceiro trimestre do ano fiscal de 2016 da divisão Sony Pictures, estúdio da companhia responsável pela produção para cinema e entretenimento doméstico.

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O grupo explicou em comunicado que o valor se trata de uma “perda não-monetária” do que é chamado pelo setor contábil como “goodwill”, considerado sinônimo para o valor de mercado, intrínseco ou de marca – geralmente intangível – de uma companhia. Geralmente é esse “goodwill” que justifica a compra de empresas por valores superiores aos de seus ativos.

No entanto, Kazuo Hirai, CEO do conglomerado, e Michael Lynton, CEO da Sony Entertainment, declararam em comunicado interno da companhia que não têm qualquer intenção de vender o braço cinematográfico, mesmo levando a desvalorização de quase US$ 1 bilhão muito a sério. “Não se engane, o comprometimento da Sony Corp. com a Sony Pictures Entertainment – SPE continua inalterado. O valor de conteúdo de alta qualidade continua a crescer”, afirmaram em e-mail interno segundo o portal Variety. Os executivos ainda reforçaram que a SPE ainda é vista como uma parte importante do grupo e que continuará a receber investimento para alcançar um crescimento a longo prazo e ampliar seus lucros.

De acordo com os CEOs, em comunicado à imprensa, a desvalorização foi notada a princípio em 1989, quando a Sony Corp. adquiriu a Columbia Pictures Entertainment Inc. Porém, os resultados e seu impacto serão totalmente consolidados apenas no último trimestre do ano fiscal de 2016 para a companhia, que termina em 31 de março de 2017.

O principal das perdas veio da revisão da lucratividade estimada para a divisão de entretenimento doméstico, ainda que o setor de cinema também tenha registrado uma queda de estimativa de lucratividade, mas essa foi considerada bem abaixo da apresentada pelo primeiro setor. Além disso, a divisão cinematográfica também tem uma previsão de se recuperar mais rapidamente com medidas que já foram identificadas para aumentar a lucratividade da área.

Entre as mudanças confirmadas para a Sony Pictures estão a contratação de novo CEO e a implantação de uma cultura de maior responsabilidade financeira.

O terceiro trimestre fiscal terminou em 31 de dezembro de 2016 e o resultado da Sony Pictures Entertainment inclui um prejuízo de US$ 913 milhões. As bilheterias abaixo do esperado da divisão cinematográfica também contribuíram para o resultado, já que o setor somou cerca de um terço dos US$ 1 bilhão arrecadados no mesmo período do ano fiscal anterior. [Atualizada em 02/02/2017, às 15h05]