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24 Novembro 2016 | Fernanda Mendes

União Europeia perde mais de €300 milhões para a pirataria

Estudo aponta como o bloqueio de sites de pirataria é eficaz e contribuiu para reduzir esse impacto

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(Foto: As Meninas)

Em evento na Espanha, a Information Technology & Innovation Foundation (ITIF), instituição americana sem fins lucrativos, divulgou estudo sobre a importância do bloqueio de sites com conteúdos piratas, a fim de esclarecer alguns tabus e mostrar a eficácia dessa ação.

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Durante a conferência, Nigel Cory, um dos principais representantes do estudo, mostrou como esses bloqueios no Reino Unido estão trazendo resultados efetivamente bons na luta contra a pirataria e, como reduzem significativamente o acesso a esses conteúdos.

Ainda, Cory mostrou como a pirataria afeta a indústria de entretenimento na Europa. Dentre os dados apresentados, estima-se que os conteúdos digitais piratas causam uma perda de €336 milhões na União Europeia e mais de 2 mil demissões.

Estas perdas causam impactos grandiosos no continente europeu, já que 39% da atividade econômica da União Europeia e 26% dos empregos pertencem a indústria que utiliza intensivamente a propriedade intelectual.

Para o estudioso, é necessário a implementação de políticas que aumentem o número de provedores de serviços legais para que o público consiga acessar de forma simples e econômica conteúdos que estejam de acordo com a lei, ao invés de optar por conteúdos piratas. Plataformas como Netflix, Amazon e outras de streaming já executam esta função.

Mas, na visão de Cory, não basta apenas esta atividade. É necessário que o estado trave uma luta contra os proprietários de sites piratas.

“O bloqueio de sites não é a única ferramenta para lutar contra a pirataria. Mas é sim, uma das armas mais eficazes”, afirmou.

Segundo o estudo, o bloqueio dos sites mais populares que veiculam conteúdos piratas, de maneira alguma “poderá quebrar a Internet”. Ainda, em experimento, no Reino Unido, o bloqueio de 53 sites de pirataria gerou um aumento de 10% nas visitas a sites legais de transmissão, como BBC e Channel 5 e, a plataformas de streaming, como Netflix.

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