17 Novembro 2016 | Natalí Alencar
Caixa Belas Artes terá mostra “África(s). Cinema e Revolução"
Com 39 filmes, mostra apresenta imagens do processo de descolonização da Angola, Guiné-Bissau e Moçambique
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O Caixa Belas Artes recebe, em novembro, mês da consciência negra, a mostra África(s). Cinema e Revolução, uma homenagem ao cinema criado no contexto de independência e revolução dos países africanos.
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A mostra, patrocinada pela Caixa Econômica Federal, começou em 10 de novembro e terá 39 produções exibidas, entre curtas e longas-metragens até 23 desse mês.
Ao longo da programação, estão previstas sessões acompanhadas de debates com cineastas e especialistas no assunto, além de oficinas de cinema. Jean Rouch, José Celso Martinez Corrêa, Ruy Guerra, Murilo Salles, Licínio Azevedo, Santiago Álvarez, Margarida Cardoso e Sarah Maldoror estão entre os cineastas que terão seus filmes exibidos na mostra.
A curadoria é de Lúcia Monteiro, doutora em cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle Paris 3 e pela Universidade de São Paulo (USP).
África(s). Cinema e Revolução começa na véspera do dia da independência de Angola, conquistada em 11 de novembro de 1975. Dentre os títulos da programação, vários deles são ligados à data, como Monangambee (1968) e Sambizanga (1972), ambos realizados por Sarah Maldoror com base em obras literárias do escritor angolano José Luandino Vieira. A mostra também traz a São Paulo alguns filmes de Santiago Álvarez, figura central do cinema revolucionário cubano, que dedicou a Angola e a Moçambique documentários realizados logo após as independências: O milagre da terra morena (1975), Maputo, meridiano novo (1976) e Nova sinfonia (1982).
Da produção africana mais recente, um dos destaques é o filme Na cidade vazia (2004), de Maria João Ganga. Foi o segundo filme feito em Angola depois da independência e o primeiro feito por uma mulher no país. Há também o premiado A República dos Meninos (2012), de Flora Gomes.
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