07 Novembro 2016 | Vanessa Vieira
Cinemark e Lionsgate apostam em conteúdo em espanhol
Novas parcerias são anunciadas pelas empresas para atingir público específico dentro dos Estados Unidos
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A Cinemark é uma das maiores exibidoras dos Estados Unidos e agora divulgou nova estratégia para atrair a parcela do público espectador norte-americano que tem o espanhol como primeira língua. Para isso, a rede de cinemas fechou parceria com a myLINGO, desenvolvedora do aplicativo de mesmo nome que permite que pessoas assistam a filmes em inglês, mas tenham acesso ao áudio em espanhol por meio de seu celular.
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Assim, basta que os espectadores baixem o app, façam o download do conteúdo em espanhol e depois utilizem seus fones de ouvido para curtir uma sessão em espanhol, sem impactar as outras pessoas presentes na sala, inclusive seus familiares e amigos. O áudio do aplicativo é automaticamente sincronizado com o do longa em projeção e também diminui a luz do celular, garantindo mais conforto para os espectadores mais próximos do usuário do myLINGO.
“A Cinemark é dedicada a criar uma experiência de entretenimento divertida, autêntica e inclusiva para todos os nossos clientes. Realizar essa parceria com myLINGO permite que entreguemos esse serviço único para nossos espectadores que falam espanhol, tornando possível para famílias multilíngues curtir uma sessão de cinema juntos”, comenta James Meredith, vice-presidente sênior de Marketing e Comunicações da Cinemark. Por enquanto o app só está disponível para o sistema operacional iOS, mas logo será expandido para o Android também.
Quem também está apostando no conteúdo em espanhol é a Lionsgate, que anunciou, durante a divulgação de seus resultados financeiros do terceiro trimestre deste ano, sua nova parceria com o Hemisphere Media Group, um dos líderes em conteúdo em espanhol para a TV nos EUA, além de ter canais da América Latina. Com o acordo, a Hemispher disponibilizará parte de seus conteúdos no serviço de vídeo sob demanda da Lionsgate.
De acordo com as empresas, é provável que os primeiros títulos cheguem ao serviço no início de 2017.
Quanto aos resultados da Lionsgate no último trimestre de 2016, o estúdio apresentou um aumento de 34% de receita com um total de US$ 639 milhões contra US$ 476 milhões em 2015, mas ainda registrou perda de US$ 17,5 milhões, sendo grande parte devido à aquisição da Starz. Porém, apesar da perda, a empresa teve uma queda nas ações abaixo do esperado pelos analistas. Em vez de perder 24 centavos por ação, a Lionsgate apresentou perda de 12 centavos. Entre os lançamentos cinematográficos do estúdio no período se destacam Horizonte Profundo – Desastre no Golfo e Bruxa de Blair.
A expectativa para a compra da Starz foi uma das ideias mais defendidas por Jon Feltheimer, CEO do estúdio, durante a divulgação do desempenho financeiro da companhia. “Estamos fazendo um grande progresso ao planejar essa integração entre Starz e Lionsgate. Esperamos já reportar no próximo trimestre os nossos números combinados, que começarão a refletir o escopo da nossa plataforma de conteúdo global verticalmente integrada”, afirmou Feltheimer em comunicado oficial.
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