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28 Setembro 2016 | Natalí Alencar

“Produção independente deve crescer”, prevê dirigente da BRAVI

Mauro Garcia explica ainda a mudança na sigla da entidade e próximas diretrizes

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(Foto: BRAVI)

A produção audiovisual independente no Brasil e no mundo hoje atua em múltiplas telas e plataformas, tendo como possibilidades a produção para mobile, web e VOD (video on demand), além dos canais lineares de televisão. Com essa premissa, a ABPITV (Associação Brasileira de Produtoras Independentes de TV) anunciou recentemente a mudança da sigla da entidade para BRAVI (Brasil Audiovisual Independente).

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Com a alteração, a entidade prevê ter ainda maior representatividade não só abrangendo as diversas plataformas, mas também aumentando sua atuação territorial, permitindo tratar de novas questões regulatórias nacionais e regionais e aumentando assim a sua capilaridade.

“Essa mudança levou a uma reestruturação da entidade. Agora, o foco não é só TV, mas também outros meios digitais. A TV não é mais a única tela de relevância. Precisamos olhar a produção de conteúdo independente para além da tela convencional”, explica o presidente executivo da BRAVI, Mauro Garcia.

Ele acrescentou que as produtoras estão trabalhando bastante com essas outras plataformas e que já está em curso, inclusive, a avaliação de cotas para regulamentar isso.

“Está previsto vir a regulação para VOD que deve criar cotas para conteúdos nacionais e isso será uma forma de gerar rentabilidade nova para a produção”, explicou o executivo.

Para ele, “a produção independente de conteúdo audiovisual deve crescer. O modelo da TV produzir os seus próprios conteúdos tem mudado, abrindo assim espaço em outros meios e impulsionando até mesmo o cinema. As diversas plataformas digitais de distribuição de conteúdo, o YouTube e o acesso por assinatura movimentaram o mercado do audiovisual nos últimos anos e tem contribuído como vitrine internacional”, disse Mauro Garcia.

Outras frentes

Dentre as atividades e frentes de atuação da BRAVI, está o RioContentMarket, encontro de negócios, realizado desde 2011, que acaba reunindo todo o setor e o que tem sido feito em produção de conteúdo audiovisual.

Já o ICAB (Instituto de Conteúdos Audiovisuais Brasileiros) é o responsável pela formatação e produção do evento, além de prover estudos para levantar a história da produção independente, que segundo Garcia, vai originar até um livro.

“Aos poucos estamos conseguindo ter parcerias e palestras, cobrando uma pequena taxa para masterclass, por exemplo. No caso do livro, inscrevemos em alguns editais e estamos no aguardo, tentando chegar a um modelo de financiamento para viabilizar o projeto”.

ICAB auxilia ainda a pensar maneiras de viabilizar a produção, trabalhar com as leis locais e licenciar as obras, unificando esses dados para identificar o perfil da produção independente e as articulações necessárias para melhorar a atuação do segmento no mercado audiovisual.

BRAVI possui um programa de apoio internacional à produção independente, o BTVP (Brazilian TV Producers), em parceria com a Apex-Brasil, criado em 2004 para promover conteúdo para fora do País.

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