14 Setembro 2016 | Vanessa Vieira
Cinemark e Cinesystem são destaques em congresso sobre Shoppings
Executivo da Cinemark palestrou e Cinesystem teve estande na ABRASCE
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Termina hoje (14), o 14º Congresso Internacional de Shopping Centers & Exposhopping promovido pela Associação Brasileira de Shopping Centers – ABRASCE, que comemora 40 anos de atividades. O evento começou na segunda-feira (12) e conta com a participação da Cinemark e Cinesystem, ambas com estandes na feira. A primeira é uma das principais patrocinadoras do congresso e a segunda ainda patrocina a sala VIP do evento.
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Com 1.200 congressistas e expectativa de receber 18 mil participantes, o encontro conta com mais de 15 painéis e palestras. Uma delas abordou o tema “Empreendedores & Lojistas: Parceria de Sucesso”, com a participação de Charles Krell, vice-presidente de operações da Iguatemi Empresa de Shopping Center; Fernando Maia, CEO da Saga Malls; Afrânio Barreira Filho, sócio-fundador do restaurante Coco Bambu; Sergio Herz, CEO da Livraria Cultura; e José Bento Alencar, diretor de operações da Cinemark, que destacou um desafio comum a esses segmentos: se manterem atraentes ao consumidor, fazendo com que ele gaste ali o seu tempo livre.
O executivo explicou parte do momento da indústria cinematográfica que, para ele, está em seu melhor ano. Ainda assim a Cinemark e outras exibidoras são obrigadas a lidar com a sazonalidade. “Em julho recebemos mais de 5 milhões de espectadores e neste mês de setembro estamos brigando por 2,5 milhões”, comentou, informando ainda que a rede hoje tem uma taxa de ocupação de 33%. Quanto à consolidação de cinemas em shoppings em termos de público, ele apontou que o grau de maturidade de um complexo costuma estar alinhado ao do próprio centro de compras.
Para Bento, algumas das principais oportunidades no mercado brasileiro estão nas cidades de até 300 mil habitantes, que são as praças onde o executivo notou ter um dos maiores crescimentos da Cinemark.
Outro desafio desses mercados é a busca por novos públicos, sendo que a digitalização ajudou as redes nessa questão ao permitir que a telona receba outros conteúdos além dos filmes. Como exemplo, Bento falou de exibições especiais como as de jogos eletrônicos (League of Legends) e de eventos esportivos (final da UEFA Champions League). Para ele, essas programações diferenciadas atraem um novo público para os cinemas e, por consequência, para os shoppings.
No entanto, para manter esses espectadores conectados às telonas, Bento acredita que o exibidor tem que deixar de ser “só cinema” para ser um “centro de entretenimento”, recebendo cada vez mais conteúdos e públicos. Um exemplo da aposta da Cinemark nesse sentido é seu investimento em distribuição via satélite. A rede prevê ter 100% de seus complexos com antenas até o fim deste ano.
Durante o debate os outros painelistas também apresentaram suas respectivas relações com shoppings ou lojistas, mas um ponto de concordância foi a necessidade de transparência no relacionamento comercial, do estudo analítico da parceria antes que essa se inicie e de união de esforços. “Precisamos criar juntos um ambiente que atraia as pessoas”, disse Sergio Herz, CEO da Livraria Cultura.
Outro painel abordou “O mundo mudou: What´s next?”, liderado por Gil Giardelli, professor da ESPM e sócio-diretor as agências 5era e Gaia Creative. A mensagem principal foi a defesa da inovação. “A inovação não se esgota, se acumula”, comentou. De acordo com Giardelli, apena 9% das empresas brasileiras afirmam estarem prontas para a próxima onda de tecnologia digital contra 40% da China e 33% do México. O executivo também apresentou dois documentários brasileiros como exemplos de olhares diferenciados e de inovação: Quanto Tempo o Tempo Tem e O Começo da Vida.
Confira a galeria de fotos do evento e leia mais em: 84% dos shoppings brasileiros têm cinemas
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