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12 Setembro 2016 | Janaina Pereira

Fora de Veneza, Brasil vê Argentina brilhar de novo

Filme “El Ciudadano Ilustre” foi o vencedor na Mostra Competitiva

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Coppa Volpi de melhor ator para o veterano Oscar Martinez (Foto: Festival de Veneza)

Com o novo nome de Venice Production Bridge, o evento de mercado do Festival de Veneza, que aconteceu até a última sexta, 9, abriu espaço para produções não-finalizadas e também para conteúdo da Web, série de TV, e projetos de realidade virtual em fase final de desenvolvimento e financiamento. Para o exibidor uruguaio Jose Mendez, com essa visão mais ampla de mercado, Veneza está saindo na frente de outros eventos de cinema.

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“Para a indústria é importante termos outras possibilidades. O cinema não é mais o lugar para se ver apenas filmes. Hoje temos eventos sendo transmitidos em diversas salas, e podemos ver essa ampliação do mercado em Veneza como a chance de também nós, exibidores, ampliarmos o que vamos apresentar em nossas salas”, comenta Mendez.

Mesmo sem filmes brasileiros em exibição, o Festival de Veneza atraiu o mercado latino, especialmente os argentinos, que mais uma vez emplacaram - e venceram - na mostra competitiva com o filme El Ciudadeno Ilustre (O Cidadão Ilustre, em tradução livre) e o Coppa Volpi de melhor ator para o veterano Oscar Martinez.

Segundo o exibidor argentino Alberto Gonzalez a ausência de produções brasileiras na competição reflete no modo como o mercado vê o cinema nacional. "O Brasil deveria estar mais atento ao Festival de Veneza. Não só para competir, como também para participar das reuniões de mercado, interagir, ver e ouvir novas visões da indústria. O cinema no Brasil está muito fechado a Cannes, Toronto e Berlim, o que só diminui as chances do país em ter uma produção e uma indústria mais forte", conclui.

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