11 Outubro 2013 | Janaina Pereira, do RJ
Mercado brasileiro de audiovisual é tema do Rio Market
Seminários debatem atual momento do setor sob vários aspectos, como distribuição e digitalização
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O Rio Market, área de negócios do Festival do Rio, realizou na quarta, 9, diversos seminários voltados aos profissionais da indústria, distribuição e exibidores. O dia começou com o seminário O Perfil da Distribuição no Brasil. Para Paulo Sérgio Almeida, do Filme B, há pelo menos cinco anos o público de cinema no Brasil está crescendo, algo que não acontece em outros países. "Cada vez menos, as salas de cinema estão sendo fechadas", disse Almeida. Rodrigo Saturnino, da Sony, acredita que a transição para o digital é que está trazendo um aumento de público. "A gente já vê distribuidores brasileiros deixando de importar filmes e focando em produções brasileiras", pontuou Saturnino. Já Camila Pacheco, da Fox, ressaltou que está cada vez mais caro lançar um filme no Brasil. "A demanda para 2014 vai ser uma das maiores dos últimos tempos", previu.
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A mesa seguinte debateu A Digitalização na Reta Final. Cesar Silva, da Paramount, abriu o debate informando que 37% das salas do Brasil estão digitalizadas. Eduardo Acuña, da Cinépolis, apontou que este número mostra o quanto o Brasil está atrasado em relação a outros países. Paulo Lui, da FENEEC – Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas, ressaltou que, ao contrário do nome do seminário, o Brasil não está na reta final da digitalização, e sim no começo. "Com a digitalização, o exibidor precisará fazer manutenção de equipamento assim como faz com poltronas, carpete e ar condicionado", destacou Lui.
No seminário O VPF e a Distribuição Independente, Jorge Peregrino, da Arpoador Audiovisual, e Sandro Gonçalves, da H20 Filmes, falaram sobre o Virtual Print Fee (VPF), um dos modelos de financiamento possíveis para substituição dos projetores nas salas de cinema. Eles ressaltaram que os exibidores precisam buscar maneiras colaborativas dentro do mercado.
O seminário As Novas Regras Sobre Concursos e Promoções nas Redes Sociais colocou em pauta a nova portaria do Ministério da Fazenda no meio digital. "A portaria 422 trouxe elementos objetivos para diferenciar concurso cultural e promoção comercial", frisou Edilson Vianna, Gerente Nacional de Produtos Lotéricos da Caixa Econômica Federal.
O dia terminou com o seminário Keynote com Ted Sarandos "Netflix: catalisador para a mudança na indústria do entretenimento". Nesta palestra, o Diretor de Conteúdo da Netflix explicou o papel da empresa na mudança no mundo do entretenimento. Ao ser questionado sobre o que diferencia a Netflix no mercado, Sarandos disse que a cultura da empresa tem a ver com qualidade e deixou claro que não vê o Youtube como concorrente. Sobre o futuro da Netflix, ele disse que o foco agora é o Brasil. "Esperamos poder investir, cada vez mais, em conteúdo brasileiro", concluiu.
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