27 Junho 2016 | Vanessa e Verônica

Mostra CineOP termina com pré-estreia de “Crônica da Demolição”

Evento mineiro exibiu gratuitamente 90 títulos e manteve foco em educação

A 11º CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto, iniciada em 22 de junho, termina nesta segunda-feira (27) com a pré-estreia do documentário nacional Crônica da Demolição, de Eduardo Ades. O longa será a última exibição do evento realizado na cidade de Ouro Preto, Minas Gerais, pela Universo Produção com patrocínio do BNDES e do Governo de Minas Gerais.

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Outra pré-estreia que a mostra recebeu foi de Filhos de Bach, uma ficção que é resultado de coprodução entre Brasil e Alemanha. O longa tem direção do alemão Ansgar Ahlers e foi exibido em 25 de junho.

O festival se autonomeia o encontro da “preservação, história e educação” e contou com 90 títulos em sua programação, que teve sessões dedicadas às temáticas. A Mostra Educação, por exemplo, foi composta por 42 curtas-metragens produzidos por educadores e alunos e ainda teve a exibição do documentário Acabou a Paz, Isto Aqui Vai Virar o Chile, Escolas Ocupadas em São Paulo, de Carlos Pronzato.

O clima de nostalgia esteve presente durante todo o evento, especialmente por conta das homenagens póstumas ao cineasta Eduardo Coutinho e ao restaurador Chico Moreira. Para criar a ambiência, durante a abertura, foi feita a simulação de um programa de auditório dos anos 1980, com imagens da plateia sendo projetadas ao vivo na tela de exibição. A cerimônia também despertou a atenção para um dos temas centrais do festival: a preservação dos arquivos televisivos.

Digitalização e direitos autorais centraram os debates do dia 26. Profissionais da área discutiram o futuro dos direitos autorais em uma sociedade composta por internet, plataformas VOD e YouTube. Em relação à digitalização, além da falta de restauradores no mercado, constatou-se um desafio: o alto custo do processo está criando uma série de acervos privados.

A programação foi gratuita e também englobou oficinas, lançamentos de livros e atrações artísticas, bem como debates nacionais e internacionais do “Encontro Nacional de Arquivos” e do “Encontro da Educação: VIII Fórum da Rede Kino”, realizados em três espaços tradicionais da cidade, o Cine Vila Rica (500 lugares), o Centro de Artes e Convenções (sede do evento que recebe a instalação do Cine-Teatro, com 510 lugares) e a Praça Tiradentes, com a instalação do Cine BNDES na Praça (1000 lugares).

Uma das grandes novidades do evento foi a parceria entre a Universo Produção e a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) para a revitalização do Cine Vila Rica. A sala está em um prédio de 1886 tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e será renovada por meio de recursos da Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais).