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02 Junho 2016 | Natalí Alencar e Vanessa Vieira

Sebrae-MG comenta importância do cinema como negócio

Analista da instituição fala sobre como pretendem fomentar o segmento na região

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Manoel Branco, do Sebrae-MG (Foto: Glaúcia Rodrigues)

Entre 01 e 05 de junho, Belo Horizonte (MG) está realizando o primeiro MAX (Minas Gerais Audiovisual Expo), que tem como foco a produção e distribuição de conteúdo.

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O evento é uma iniciativa do Governo do Estado de Minas Gerais, que atua por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais – Codemig, em parceria com o Sebrae Minas.

E para entender detalhes do projeto, o Portal Exibidor conversou com o analista técnico do núcleo de economia criativa do Sebrae-MG, Manoel Branco.

“Construímos uma estrutura de qualidade e estamos apresentando bem Minas Gerais. Esperamos que ao fim do evento vários negócios tenham sido fechados ou que os primeiros contatos já tenham sido encaminhados”, prevê.

A ideia é que o evento se repita em 2017 e 2018.

Confira a entrevista na íntegra:

- Como se deu a participação do Sebrae no MAX?

O Sebrae atua no setor de Economia Criativa desde 2007 e sempre ao lado do pessoal das artes cênicas, da publicidade, da música e desde 2015 com a posse do Governador Pimentel, decidimos priorizar os investimentos do Estado na área de Economia Criativa, assim achamos um parceiro importante e foi quando a ideia da MAX se concretizou.

Estamos trabalhando nisso há 1 ano e o processo acelerou quando contratamos a ABPITV para fazer a curadoria, porque o Sebrae é uma organização muito grande que atua em vários segmentos e muitas vezes não temos o conhecimento específico. Então pesquisamos no Brasil quais eram as referências. E eles tem a experiência do RioContentMarket.

É difícil quando você cria um evento pela primeira vez você já ter a adesão dos players e do público e a ABPITV nos ajudou nesse contato e na organização dos painéis.

- E porque priorizar o audiovisual?

Decidimos priorizar o audiovisual devido à concentração de produtoras no Estado e especificamente na região metropolitana de Belo Horizonte. Fizemos uma pesquisa em 2014 com 190 produtoras, sendo que no Estado temos mais de 300.

Esse é um setor que traz muito retorno em termos de imagem do Estado, ajuda promover o turismo, gera muito emprego e emprego altamente qualificado, e com isso gera renda.

É um segmento muito importante que provoca externalidades econômicas positivas não só no em torno dos equipamentos, por exemplo nas salas de cinema, mas também em cafés, livrarias e restaurantes.

- Exibição não é foco, mas vocês vão abordar?

Dentro dos painéis teremos o tema da exibição, inclusive o Mauri Palos vai estar como painelista junto à Spcine. Isso nos interessa muito: discutir esse modelo que foi implantado em São Paulo, das salas de periferia, como que funciona essa gestão junto à iniciativa privada. O Sebrae se interessa. Inclusive, o Governo do Estado tem um projeto que estamos colocando em prática desde o ano passado de construir salas de cinema no interior para resgatar o cinema de rua. Tirar o cinema do shopping, colocar o bilhete em um preço acessível.

Estamos fazendo benchmark no Brasil para saber como isso poderia funcionar do ponto de vista sustentável. Como que o Governo, por exemplo, entraria com os investimentos necessários, mas depois a intenção seria entregar para um empreendedor fazer a gestão.

Realmente os exibidores não foram nosso foco (público-alvo) prioritário, que era justamente dar oportunidade para comercialização de conteúdo. Mas é verdade que a exibição é muito importante. Inclusive, uma das lacunas de Minas Gerais é justamente que quando os produtores finalizam um filme, eles não conseguem chegar às salas de cinema.

- Quantos credenciados o evento tem?

Nós encerramos ontem o credenciamento por meio do site, agora o credenciamento pode ser feito aqui diretamente. Até o momento, tivemos mais de mil inscritos, o que me surpreendeu e estamos muito contentes.

Veja a cobertura do primeiro dia do MAX.

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