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23 Maio 2016 | Janaina Pereira

Brasil ganha prêmios no Festival de Cannes e sai fortalecido do evento

Documentário Cinema Novo, do cineasta Eryk Rocha, venceu o prêmio em sua categoria

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Equipe do documentário "Cinema Novo", de Eryk Rocha (ao centro, de terno azul) em Cannes (Foto: Cannes)

O Brasil teve uma boa participação da 69ª edição do Festival de Cannes, o mais importante evento da indústria cinematográfica. O evento, que aconteceu de 11 a 22 de maio na cidade da Riviera Francesa, anunciou neste final de semana os seus vencedores. O documentário Cinema Novo, do cineasta Eryk Rocha, venceu o prêmio em sua categoria (Olho de Ouro, entregue ao documentário mais relevante do evento). Eryk é filho do também diretor Glauber Rocha, que morreu em 1981, e relatou no filme o movimento liderado por seu pai nos anos 1960.

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O país ainda recebeu a menção honrosa pelo curta A Moça que Dançou com o Diabo, de João Paulo Miranda Maria. Já o badalado Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, que causou alvoroço no tapete vermelho ao protestar contra a política brasileira, e foi ovacionado pela crítica especializada, não ganhou prêmios. Mendonça Filho divulgou nota oficial nas redes sociais após a cerimônia de premiação falando da participação em Cannes.

“Tivemos nove dias indescritíveis no Festival de Cannes apresentando Aquarius em première mundial e em competição. Prêmios não são matemáticos, por mais que a imprensa, a crítica e os cinéfilos defendam seus filmes amados. Fica uma experiência intensa de repercussão, imprensa espetacular, discussão emotiva e política em torno do filme e do Brasil, do amor e da história. E esse filme pernambucano em parceria com a França e rodado na praia do Pina começa uma longa carreira até agora programada em 18 países (Sydney, Austrália daqui a duas semanas). E começa também o percurso até o Brasil, em especial ao Recife”.

Aquarius – que ainda não tem data de estreia no Brasil - sai de Cannes como o candidato brasileiro ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2017. Terá pela frente dois fortes concorrentes também exibidos na Croisette: Neruda, do chileno Pablo Larraín (exibido Fora de Competição, mas considerado o melhor filme deste Festival), e The Salesman, de Asghar Farhadi, que ganhou como melhor roteiro e ator, e já é o favorito ao Oscar de filme estrangeiro em 2017.

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