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16 Maio 2016 | Verônica Domingues

Agências da Espanha miram no potencial das produções latino-americanas

Latido Films e Film Factory comentam a importância de diversificar os negócios

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"O Clã" foi uma das apostas da Film Factory (Foto: Fox)

Durante o Festival de Cannes 2016, duas agências da Espanha especializadas em distribuição de filmes, a Latido Films e a Film Factory, comentaram sobre como estão diversificando seu line-up e investindo em mercados potenciais, como por exemplo, as produções latino-americanas.

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Para as empresas, o setor está cada vez mais exigente. Vicente Canales, CEO da Film Factory, afirmou que as distribuidoras estão mais criteriosas com a compra de filmes em língua estrangeira. Os escolhidos precisam ter elementos cinematográficos importantes.

Além disso, os executivos apontam que não existe meio termo no mercado: ou você vende um longa que tem uma abertura expressiva ou você faz pequenas vendas para outras janelas de distribuição. Antonio Saura, da Latido Films, também destaca que o surgimento de novos players, como o Netflix e a Amazon, está criando novas regras entre as janelas.

Nesse cenário, é preciso pensar em novas estratégias de sobrevivência – e as produções latino-americanas têm se mostrado bastante atrativas. A Film Factory já investiu em sucessos argentinos como Relatos Selvagens (2014), de Damián Szifron, e O Clã (2015), de Pablo Trapero. Já a Latido foi criada em 2003 focada na Espanha e na América Latina e está observando o seu crescimento na Argentina, no Chile, no Uruguai, na Colômbia, no México, na Bolívia e no Peru. O Segredo dos Seus Olhos (2009), de Juan José Campanella, e Violeta foi para o Céu (2012), de Andrés Wood são alguns exemplos.

Este ano, o line-up da Latido tem duas coproduções Espanha-Argentina, o thriller Al final del túnel (At the End of the Tunnel) e a comédia dramática The Distinguished Citizen; e os longas mexicanos Te prometo anarquía (I Promise You Anarchy) e La Delgada Línea Amarilla (The Thin Yellow Line).

A força da América Latina também fica evidente a cada edição do Festival de Cannes. Vicente Canales afirma que esses filmes estão tendo uma presença classe A no evento, revelando o grande talento desses países para contar histórias originais.

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