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16 Maio 2016 | Verônica Domingues

Cineastas árabes querem atingir audiências maiores

Alguns cineastas estão buscando novas formas de contar suas histórias

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"Cairo 678" foi um sucesso na França e no Egito (Foto: Imovision)

Há uma nova geração de cineastas árabes interessados em conquistar públicos mais diversos para os seus filmes. Para não se restringir apenas ao circuito dos festivais, esses profissionais da sétima arte estão explorando novos tipos de narrativa para contar as suas histórias – especialmente nos países onde o fundamentalismo islâmico predomina.

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Para Jean Labadie, líder da companhia de produção e distribuição francesa Le Pact, o cinema tem um grande poder,  a capacidade de mostrar que a vida nesses países não é apenas do jeito que a CNN mostra. Assim, alguns diretores egípcios, libaneses e palestinos estão tentando mostrar este outro lado.

O movimento conhecido como Primavera Árabe impulsionou o surgimento de comédias, thrillers e filmes de fantasia – alguns inclusive se destacaram internacionalmente. Um exemplo é o longa dirigido por Mohamed Diab, Cairo 678 (2012), sobre abuso sexual, que teve um bom desempenho no Egito e na França.

Outros títulos que chamam a atenção por fugirem do convencional são a comédia Excuse My French, sobre um garoto cristão forçado a esconder sua identidade religiosa em uma escola islâmica; a comédia drama E Agora Onde Vamos?, sobre uma mulher cristã e uma muçulmana que tentam impedir seus maridos de começar uma guerra, a biografia The Idol, sobre o cantor Mohammed Assaf, que viveu em um campo de concentração; a comédia romântica Catch the Moon, que usa o bloqueio israelense à Gaza como plano de fundo e Sheikh Jackson, que retrata um clérigo fundamentalista obcecado pelo Michael Jackson.

Embora esse movimento de conquistar novos públicos tenha se mostrado uma tendência recente, na verdade ele não é. Os egípcios já faziam isso, especialmente o grande Youssef Chahine, conhecido por seus curtas em Cada Um Com Seu Cinema e 11 de Setembro, entre outros.

Este ano, durante o Festival de Cannes, as produções palestinas ganharam um destaque especial no Marché du Film’s Producers Network.

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