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20 Abril 2016 | Vanessa Vieira

Diretor de “Vampiro 40°” acredita que gênero terror tem potencial no Brasil

Filme produzido pela LC Barreto estreia em junho deste ano

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(Foto: LC Barreto)

Os filmes de terror nem sempre fazem sucesso em alguns territórios internacionais, mas o Brasil tem se tornado um destino certeiro para essas produções, já que praticamente todos os longas do gênero produzidos em Hollywood acabam conseguindo espaço nos cinemas brasileiros.

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Aqui, por exemplo, a franquia Atividade Paranormal vendeu mais de 4 milhões de ingressos e os longas Invocação do Mal, lançado em 2013, e Annabelle, de 2014, somam público de, respectivamente, 1,6 milhão e 3,6 milhões. Entre as produções nacionais, o sucesso ainda não é tão significativo em termos de bilheterias mesmo com a presença do gênero entre produções que se tornaram clássicas para o cinema alternativo, especialmente as de José Mojica Marins. O último filme do personagem icônico, Zé do Caixão, foi lançado em 2008 com distribuição da Fox Film.

A mais recente novidade em filmes de terror no País agora é o lançamento de Vampiro 40º, marcada para 2 de junho deste ano. O longa é o primeiro de terror com produção da LC Barreto e teve sua estreia mundial em março no FantasPorto 2016, festival de cinema fantástico realizado em Portugal. Para o diretor da produção, Marcelo Santiago, a exibição no evento foi importante por mostrar a boa receptividade da plateia. Santiago trabalha com a LC desde a década de 90 e hoje atua na produtora como diretor, roteirista e produtor.

Além disso, com a participação no festival, o longa acabou ganhando espaço em um mercado mundial, o que colocaria o Brasil ao status de país produtor de filmes de terror – até porque outras duas obras brasileiras passaram pelo FantasPorto: 13 Histórias Estranhas e A Floresta que se Move.

O diretor de Vampiro 40º acredita que o terror tem muito potencial no Brasil e não só para os longas de Hollywood. “Esse não é um gênero que o brasileiro escolhe como o favorito, mas tem um público muito grande. Só que no Brasil produzimos pouco terror”. Para ele, o País vive de “ciclos” e, enquanto o ciclo da comédia estiver indo bem, acredita que outros gêneros terão dificuldades para se inserirem no mercado. “Acho que falta um pouco de ousadia da parte dos produtores de investir em alguma coisa ainda não consolidada, mas que pode dar bons frutos”, completa.

Baseado em série de TV com três temporadas exibidas no Canal Brasil também dirigida por Marcelo Santiago, Vampiro 40º também participará de outros festivais nacionais. O filme aguarda ainda confirmação desses eventos.

Inicialmente o longa estrearia comercialmente em abril, mas teve seu lançamento adiado. “A data mudou em função dos festivais porque queremos esperar um pouco para o filme ter mais repercussão”, explica. Santiago afirma não ter informações do circuito de exibição por enquanto, mas pede a exibidores que abram espaço para o cinema fantástico brasileiro. Para ele, o País não pode se limitar às experiências de cinema provida por Hollywood – que considera ótimas. “Acho que uma maior exposição de ideias cinematográficas é boa para todo mundo”.

A série de TV chamada Vampiro Carioca, que levou ao Vampiro 40º, conta a história de Vlak, um ascensorista do Rio de Janeiro que se imaginava vampiro e, depois de uma viagem à Transilvânia, torna-se um vampiro de verdade. No filme, Vlak vaga pelas noites do sombRio 40 Graus e, cansado da rotina, contraria a Limbo Corporation e arranca seu canino chip, um dispositivo de controle da empresa. A aventura continua quando, para combater os interesses obscuros da Limbo, Vlak se une à chinesa Wang Su.

O personagem é interpretado, na série e no longa-metragem, pelo escritor Fausto Fawcet, que também ajudou no roteiro de todas as produções. “Quando chamei o Fausto já era pensando em duas coisas: tê-lo como figura simbólica desse mundo sombrio e como escritor que se sairia bem nesse tema”, conta Santiago, que cogita fazer uma continuação do filme.

Confira o trailer da produção:

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