18 Abril 2016 | Vanessa Vieira
Para executiva da Kinoplex mercado de cinema é concorrido, mas leal e ético
Trajetória profissional de Patrícia Cotta na exibidora começou em 2011
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Formada em Comunicação Social em 1990, com especialização em Propaganda e Publicidade e ainda MBA em Gestão Empresarial pelo IBMEC, Patrícia Cotta entrou no mercado de exibição cinematográfica em 2011, quando entrou na Kinoplex na gestão das áreas de marketing e programação. Já em 2013 a executiva assumiu a função que exerce até hoje: gerente nacional de marketing da rede de cinemas.
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A trajetória profissional de Patrícia, no entanto, começa em 1988, quando trabalhou na Xerox do Brasil, e continua com passagens em empresas como Sul América Seguros, TV Globo e Globo.com, Telefônica Celular, bem como pela Sinapsys Soluções, onde ajudou a companhia a conquistar diversos prêmios estadunidenses como Best Practice for Utilities, da M2M Magazine, e o Metering Award Program, entre outros. Além disso, o reposicionamento da marca da empresa, liderada por Patrícia, rendeu o reconhecimento da Revista Exame, que considerou a Sinapsys uma das melhores empresas para se trabalhar por três anos consecutivos.
Foi na TV Globo e Globo.com que a executiva teve seu primeiro contato com o setor de entretenimento, do qual gostou muito. “A riqueza de conteúdos e ações é altamente estimulante para os profissionais de marketing”, explica. Para Patrícia, ela escolheu o cinema, mas também foi escolhida por ele por meio de um “empurrão do destino” já que, sendo carioca, a executiva trabalhava em uma empresa que se mudaria para São Paulo e a Kinoplex tinha na época a vaga aberta para área de marketing. “Pronto, casamento perfeito e amor à primeira vista, pois desde o início me apaixonei pelo cinema e sou muito feliz com o que faço. Aquela tela gigante realmente é mágica, me enfeitiçou”.
A executiva comenta que o maior aprendizado de sua entrada no mercado de cinema é a possibilidade de viver em um setor de concorrência saudável e amistosa, no qual todos se respeitam, são unidos, admiram o trabalho uns dos outros e constroem boas parcerias. Para ela, a concorrência existe, mas é “sempre leal e ética”.
Patrícia Cotta falou à Revista Exibidor sobre sua trajetória profissional, que foi publicada na matéria de capa da 20ª edição. Agora você pode conferir algumas das respostas da executiva na íntegra em edição especial para o Portal Exibidor:
Qual foi a maior dificuldade enfrentada no mercado de cinema?
A maior dificuldade em se trabalhar em uma empresa de exibição está na homogeneidade de produtos para todos os concorrentes. Os mesmos filmes são lançados na mesma data em todos os cinemas. Isso faz com que o marketing tenha que ser muito criativo, inovador e ousado para destacar os diferenciais do cinema em si. Além disso, temos que ser muito criativos na busca, criação e divulgação de novos produtos e conteúdos para o cinema como a exibição de conteúdos especiais, eventos corporativos e festas no cinema.
Já a maior dificuldade em ser mulher e executiva está em conciliar a vida pessoal e profissional. Eu sou muito comprometida com o que faço e fico louca quando tenho que declinar de alguma ação na qual acredito por falta de tempo.
Além disso, as equipes são cada vez mais enxutas e o trabalho é muito. Então, o segredo está na construção da equipe. Do outro lado tem a família que, para mim, é sagrada. Uma vez uma funcionária minha atendeu uma ligação do meu filho com uma dúvida de matemática e eu estava no meio de uma reunião. O que ela fez? Tirou a dúvida, é claro! Isso é parceria total, todo o meu time é assim.
E o maior desafio?
O maior desafio está em equilibrar a tradição e inovação porque somos uma empresa tradicional com 98 anos no mercado de exibição, mas temos que inovar sempre. A marca Severiano Ribeiro é forte e respeitada, mas hoje a marca que certifica a qualidade dos nossos cinemas é Kinoplex, que é moderna, inovadora, com tecnologia de ponta e ampla oferta de serviços de excelência. Fazer com que o público entenda essa mudança é o nosso maior desafio, mas acredito que estamos no caminho certo.
Qual seria seu conselho para profissionais que queiram trabalhar na área de exibição?
Trabalhar muito, ter a cabeça aberta às mudanças e humildade para aprender sempre. É arregaçar as mangas e se juntar à toda a equipe para fazer acontecer.
Veja também as entrevistas com Andrea Puppo, da Cinemark; Beatriz Passos, da Moviecom; Beatriz Schimidt, do Espaço Itaú; Bettina Boklis, da Cinemark; Camila Pacheco, da Fox; Cristiana Rodrigues, da Downtown Filmes; Juliana Ribas, da Universal, Luciana Falcão, da Paramount, Mariá Bastos, do Cine Lúmine, e Maricy Leal, da Cinemark.
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