14 Março 2016 | Verônica Domingues
Diretora do Espaço Itaú conta como se envolveu com o cinema
Beatriz Schimidt já trabalhou em diversas áreas e adora desafios
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Formada em Direito, Beatriz Schimidt jamais imaginou as reviravoltas que sua carreira daria. Depois de trabalhar em três escritórios de advocacia, ela teve a oportunidade de atuar na área Jurídica do Unibanco – e depois no setor de Recursos Humanos. Durante esse tempo, envolveu-se com questões financeiras e resolveu encarar uma nova mudança: tornou-se diretora de um tradicional cinema paulistano.
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No entanto, a decisão de mudar a trajetória profissional não foi fácil. “Eu já tinha muito conhecimento na área de Direito e gostava do que fazia. Mas resolvi aceitar o desafio”, conta a executiva. Com o acúmulo de experiência em diferentes funções, ela se viu pronta para assumir a direção do Espaço Itaú há quase oito anos.
Para Bia, como é chamada pelos amigos e colegas mais próximos, é importante que os profissionais estejam sempre atualizados, conseguindo atualizar e antecipar tendências. Leia o relato dela para a Revista Exibidor.
Conte um pouco da sua experiência profissional.
Depois de trabalhar em três escritórios de advocacia, tive a oportunidade de atuar no departamento Jurídico do Unibanco. Eles passaram por algumas mudanças e eu fui convidada a ingressar na área de Recursos Humanos. Isso foi muito bom, porque consegui ter uma visão mais ampla da empresa, englobando gestão de pessoas, gestão de finanças e uma visão jurídica. Quando o Unibanco quis uma pessoa para gerir as empresas de cinema, me candidatei para a vaga e, há quase oito anos, sou a diretora responsável pela parte administrativa, a financeira e o marketing.
Qual o maior desafio enfrentado no mercado de trabalho?
Fora a decisão de mudança na carreira, o maior desafio foi conhecer todas as variáveis dentro de uma empresa. Porque eu trabalhei em vários setores da gestão, mas nunca tinha olhado para a administração da empresa como um todo.
Qual foi o maior aprendizado?
O mercado cinematográfico é muito dinâmico. Os filmes, que são o produto, mudam toda semana. O maior aprendizado foi lidar com essa diversidade que têm os cinemas. Olhando de fora, as pessoas não conseguem perceber todas as variáveis, como a escolha dos filmes e as estratégias para atingir o público.
Para mim, administrar a quantidade mensal de produções, sempre variável, foi um aprendizado.
Que conselho concederia aos profissionais que trabalham na área?
É um mercado que está mudando muito, principalmente agora, com a questão da digitalização e a concorrência com as diferentes mídias - incluindo as séries e os canais virtuais que estão aparecendo. É preciso entender como funciona a produção, a distribuição e a exibição, e como essas coisas se misturam e se comunicam. Também é importante ficar atento ao que acontece nos outros países, acompanhando, antecipando e criando tendências.
Você escolheu trabalhar com cinema ou foi o cinema que te escolheu
Foram as duas coisas. Quando eu tive essa oportunidade, achei muito interessante, mas, no fundo, o cinema me escolheu um pouco. Porque é um universo tão maravilhoso, com tanta coisa para ser feita, que você pode evoluir e crescer muito com ele. Ele me escolheu: me vejo velhinha trabalhando com cinema, cuidando das salinhas.
Quantas mulheres trabalham no Espaço Itaú?
Temos poucos cargos gerenciais em relação à outras empresas. São sete cargos de gestão e, dos quais tem eu e mais três mulheres. Então, somo a maioria.
*Conheça também as trajetórias de Andrea Puppo, diretora de expansão da Cinemark, e Beatriz Passos, diretora financeira e de TI da Moviecom e da Bettina Boklis, diretora de marketing da Cinemark .
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