11 Março 2016 | Vanessa Vieira
Secretário de Cultura de Barueri (SP) comenta projeto de salas públicas de cinema
Cidade deve ter cinco salas no formato até junho deste ano
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Em 2014, o Estado de São Paulo recebeu a sua primeira sala pública de cinema no município de Barueri e, em 2016, deve receber mais quatro salas no formato. Duas delas serão inauguradas amanhã (12): no Parque Imperial e no Parque dos Camargos. Já as outras têm previsão para abrir até junho.
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Os filmes serão apresentados sempre aos sábados. As salas de cinema têm cerca de 50 lugares (cada uma), integram ambientes apropriados de projeção com tela grande e projetor digital. A prefeitura também realizou uma pesquisa recentemente para levantar os hábitos de consumo dos cinéfilos da região, que vai auxiliar na gestão destes espaços.
Em entrevista ao Portal Exibidor, João Palma, secretário de Cultura e Turismo de Barueri detalhou o projeto.
“Abrir a primeira sala foi sensacional pelos resultados apresentados até aqui. Foi uma aposta no escuro. Queríamos dar outro destino para a agenda do centro de eventos e intuímos que o cinema fosse uma boa opção”, conta Palma. De 2014 até este mês, a primeira sala pública da cidade (Sala Barueri), já recebeu mais de 11 mil espectadores.
Palma afirma que o que motivou a Prefeitura a expandir o projeto foi o entendimento, obtido ao longo dos quase dois anos de funcionamento da Sala Barueri de Cinema, de que, apesar de a população do município não frequentar cinemas e considerar esse um lazer caro, ela apresenta interesse em introduzir a sétima arte em seu cotidiano. Para ele, a solução seria um cinema mais acessível – “o que não significa que ele tenha de ser gratuito”, comenta e explica, “o nosso cinema é gratuito porque somos uma entidade pública e, sobretudo, porque queremos atuar na formação de público para frequentar o cinema”.
Apesar de já contar com frequentadores assíduos na Sala Barueri de Cinema, a ideia do projeto é continuar a formar público para que as pessoas comecem se interessar em conhecer as salas privadas de exibição – que, hoje, não teriam tantos espectadores quanto poderiam na cidade. O secretário explica também que, além das duas salas que serão abertas neste mês de março, o município deve receber ainda mais dois espaços semelhantes até junho de 2016.
Atualmente a programação das salas é feita por meio de parceria com a Motion Pictures Licensing Corporation ou MPLC Brasil, que permite a licenciados exibir diversos títulos de distribuidores associados. Então, por enquanto, as salas públicas da cidade ainda não exibem lançamentos ao mesmo tempo em que os cinemas comerciais.
Tanto as salas já existentes ou prestes a inaugurar são digitalizadas, assim como as próximas que se seguirão. Palma aponta também que a intenção da Prefeitura é de que todos esses espaços sejam orientados pelo próprio gosto do público.
A vontade de entender o que as pessoas pensam e gostam no mundo do cinema foi tanta, segundo o secretário, que resultou na pesquisa iniciada nessa semana junto à população que orientará o funcionamento e a programação de todas as salas. “Se percebermos, por exemplo, que há uma grande quantidade de pessoas que preferem filme nacional, talvez uma dessas salas que serão inauguradas seja exclusiva para material nacional”, explica Palma que também reclama da falta de informações e pesquisas similares no Brasil. A pesquisa em Barueri deve ouvir entre 600 e 700 pessoas em um total de 270 mil cidadãos.
No entanto, o projeto de expandir esse circuito exibidor público e gratuito não para por aí. Até mesmo outro projeto chamado Coala, relacionado à leitura de grávidas para os seus bebês ainda enquanto fetos, pode acabar recebendo um espaço de exibição também voltado para bebês. Mas, para Palma, esse é um passo que depende de vários fatores e, entre eles, dos resultados das próximas salas públicas que serão inauguradas em Barueri.
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