01 Março 2016 | Vanessa Vieira
Ministra da Cultura da França quer reformar sistema de classificação etária
Mudança é influenciada por grupos conservadores do país
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O sistema de classificação etária de produções audiovisuais na França pode sofrer uma reforma já que a nova ministra da Cultura do país, Audrey Azoulay, apontou seu voto a favor da mudança.
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A ministra estaria sofrendo pressão de grupos conservadores como o Promouvoir, que afirma defender famílias heterossexuais, valores judaicos e cristãos, bem como crianças.
O grupo tem atacado constantemente o conselho responsável por classificar os filmes no país, tanto que a ministra anterior, Fleur Pellerin, já havia solicitado um relatório ao presidente do conselho de classificação indicativa com o objetivo de tornar as regras mais claras para classificação de conteúdos com cenas de violência ou sexo. O pedido de Pellerin também se trata de uma resposta à pressão exercida pelo Promouvoir.
Recentemente, os filmes que mais alimentaram a polêmica foram Love, longa erótico em 3D com cenas de sexo não-simulado que estreou com classificação para 16 anos, que depois foi alterada para 18 anos graças a protestos do grupo conservador; e Azul é a Cor Mais Quente, longa que estreou com classificação indicativa para 12 anos, mas depois foi vetado pelo Promouvoir por ter cenas “realistas” de sexo. O grupo conservador, inclusive, tenta conseguir permissão para ver filmes antes de serem lançados.
Um detalhe é que filmes para maiores de 18 anos costumam conseguir menos bilheterias e são proibidos de serem exibidos nos canais de televisão, reduzindo o lucro de distribuidoras e produtoras e também diminuindo o número de janelas em que ele pode ser exibido.
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