24 Fevereiro 2016 | Natalí Alencar
H2O aposta em campanha diferenciada para “Apaixonados”
Diretor do filme conta sua experiência e os desafios durante as filmagens
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Estreia em mais de 300 salas, em 03 de março, a comédia romântica dirigida por Paulo Fontenele, Apaixonados, com distribuição da H2O Films. Ambientada no Carnaval, a produção entrelaça três histórias de amor, uma delas inclusive é uma história real e foi escolhida especialmente para o longa. O elenco conta com Nanda Costa, Raphael Vianna, Paloma Bernardi, Roberta Rodrigues, João Baldasserini, Roberto Bomfim, entre outros.
Para promover o longa, a distribuidora apostou em diversas ações diferenciadas, dentre elas campanhas nos sites dos exibidores com envio de fotos, frases, vídeos e memes que sorteou foliões para desfilar na escola de samba Grande Rio. O desfile contou com uma ala exclusiva do filme - ala Apaixonados- e, com a presença de exibidores, vencedores das promoções e elenco.
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Além disso, houve ainda a distribuição de 76 mil ventarolas e mais de 40 mil camisinhas no Carnaval em todo Brasil, o que gerou muita mídia espontânea, inclusive várias fotos de famosos na imprensa e redes sociais. As ações ocorreram não só no Carnaval, mas também durante o Réveillon no Rio, Salvador, Porto Seguro e Maceió.
Nos cinemas foram expostas fantasias de carnaval nos halls, além de display interativo, backbus em Belo Horizonte (MG), painéis LED em Brasília (DF), sancas nos trens da Central do Brasil via Supervia no Rio de Janeiro (RJ).
Antes mesmo da estreia oficial, o filme teve pré-estreias pagas com a participação do elenco em 22 e 23 de fevereiro e agora em 29 de fevereiro em 13 cidades.
Em entrevista ao Portal Exibidor, o diretor Paulo Fontenele conta um pouco do processo das gravações, que durou pouco mais de quatro semanas e os desafios que enfrentou.
Como surgiu a ideia de fazer um filme ambientado no carnaval?
Eu e os roteiristas sentíamos a falta de um filme que fosse uma história leve, divertida e romântica, que ao mesmo tempo mostrasse a realidade do carnaval, como são os bastidores, mas que tivesse conteúdo das grandes comédias românticas. A partir daí começamos a desenvolver o projeto unindo personagens da vida da cidade com personagens que são parte de uma escola de samba.
As comédias românticas, de certa maneira, já caem no gosto do consumidor, o que essa traz de diferente?
São três comédias numa só. Isso que eu acho que é o grande diferencial de Apaixonados. Um casal que se encontra no elevador e tentando se descobrir na cidade do tamanho do Rio de Janeiro formado pelo Raphael Viana e a Nanda Costa. Outro vive uma história meio “cinderela”, que é uma menina da comunidade que se apaixona por um homem mais rico e aí eles precisam entender essa diferença social para viver esse amor, que é formado pela Roberta Rodrigues e pelo João João Baldasserini. E um gringo que odeia carnaval, mas que acaba conhecendo uma mulata da comunidade bem fora dos padrões, que leva ele para o morro e mostra o que é o samba de raiz e o que isso significa para comunidade, vivido pelo Danilo de Moura e Evelyn Castro.
É legal ter esse lado da comédia romântica. Comédia não é só um estilo, podemos explorar todos os tipos, é muito legal e torço muito para dar certo, porque se der, outras comédias românticas vão começar a surgir.
Vocês pensaram em misturar com histórias de outras cidades?
O filme já tem uma estrutura grande se passando apenas no Rio, não tinha muito como misturar carnavais de outras cidades. O que a gente optou foi por não regionalizar, então se passa no carnaval do Rio, mas não fala especificamente da cidade. É uma história que pode se passar em qualquer cidade do País. Inclusive a gente fez uma promoção no decorrer do filme, de histórias de amor no carnaval, que a gente colocaria a história de um casal, e a história selecionada foi justamente de São Paulo.
E as parcerias para viabilizar o projeto?
Não teríamos conseguido fazer o filme sem a parceria com a Grande Rio, que liberou todas as facilidades para filmar, as fantasias, o camarote, até o camarim de preparação da porta-bandeira e então conseguimos pegar o barracão em funcionamento. Filmamos o pré-carnaval, os carros sendo soldados e pintados. Foi bem real porque conseguimos esse apoio. Também contamos com o apoio dos blocos de rua e da prefeitura do Rio.
Como foi o processo com os atores?
Foi um grande prazer, é um elenco muito jovem, mas todos se doaram completamente aos papeis e a satisfação quando terminou as filmagens era presente em todos.
Sobre a estreia, teve algum motivo em especial para ser em março?
Não tenho muita ingerência sobre essa questão, mas sei que foi uma estratégia inteligente da distribuidora que utilizou o Carnaval para divulgar, falar do filme e torná-lo conhecido para atingir o maior número em público. No início estava previsto para estrear antes do Carnaval, mas a estratégia foi oposta, usar o período para divulgar o filme e realizar diversas ações.
Qual foi o maior desafio durante as filmagens?
Foi conseguir replicar o sambódromo sem ser no dia do desfile. Os atores não estavam presentes no dia do desfile. Eu não podia colocar a Nanda Costa no lugar da porta-bandeira. Então, o desafio foi voltar a avenida, sem o desfile e quando você assiste você tem a certeza de que a Nanda Costa é a porta-bandeira da Grande Rio. Foi um processo de decupagem com muita calma, de pensar como isso seria filmado sem milhões de pessoas na avenida e como faríamos isso funcionar na montagem.
Você já está envolvido em algum outro projeto que poderia nos contar?
Posso dizer que estou em outra comédia romântica para rodar no início do segundo semestre.
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