15 Janeiro 2016 | Vanessa Vieira
Eli Jorge Lins de Lima, um dos maiores entusiastas do mercado cinematográfico
Sua trajetória profissional agrega mais de 50 anos
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Em 06 de janeiro deste ano, o mercado brasileiro de cinema se despediu de Eli Jorge Lins de Lima, que faleceu devido a complicações de um câncer. “Seu” Eli, como era carinhosamente chamado pelo setor, era presidente do Sindicato das Empresas Exibidoras Cinematográficas do Estado de São Paulo – SEECESP e da rede de cinemas Centerplex, mas sua trajetória incluiu atuações tanto na exibição quanto na distribuição.
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Nascido em 1947 na cidade de Bezerros, Pernambuco, o executivo já era apaixonado por cinema desde criança, quando colava cartazes dos lançamentos em troca de ingressos. No fim da década de 1950, em São Paulo, conseguiu um emprego no antigo cinema de rua Cine Cairo, onde trabalhou em várias funções indo de office boy a subgerente.
Já entre os anos de 1960 e 1970, o profissional iniciou sua carreira na área de distribuição de cinema ao entrar na Fama Filmes e chegou a atuar em outras distribuidoras como a Condor Filmes e a Paris Filmes, onde permaneceu por mais de 10 anos e chegou à função de gerente de vendas. Foi graças às muitas viagens que “seu” Eli encontrou um cinema de rua fechado na cidade de Poços de Caldas, no Estado de Minas Gerais. Ele então decidiu comprar o espaço, reformá-lo e o colocar para funcionar novamente. Esse primeiro cinema ficou ativo durante 28 anos.
Foi aí que nasceu a São Luiz de Cinemas, que depois trocou de nome para Centerplex, uma das 15 maiores exibidoras no mercado nacional. A empresa começou apenas com cinemas de rua em 1981, mas atualmente conta com mais de 10 complexos em seis Estados do País: São Paulo, Ceará, Pernambuco, Minas Gerais, Maranhão e Alagoas.
Outro destaque na trajetória do executivo foi sua atuação no SEECESP, onde criou o Prêmio ED, que contempla as melhores práticas do mercado de exibição e distribuição ao premiar profissionais e empresas por meio de uma votação. Em sua presidência no Sindicato, Lima também exerceu influência e liderança especialmente junto aos pequenos exibidores.
“Seu” Eli será lembrado pelo mercado como um de seus maiores entusiastas. Aos novos profissionais do setor, ele aconselhava confiança, paciência e trabalho duro. “O cinema é algo que está no sangue da gente e eu me sinto orgulhoso de participar da família do cinema”, afirmou o executivo na edição de 2014 do Prêmio ED.
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