09 Dezembro 2015 | Vanessa Vieira
Produtora brasileira comemora primeiro ano e planeja duas novas unidades
Anti-Herói Filmes foi criada nos Estados Unidos e se prepara para iniciar primeiro longa-metragem
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Com o lema “os meios justificam os porquês”, uma produtora brasileira tem como proposta destrinchar conceitos e inovar mesmo que isso signifique ir de encontro a oposições. É com essa meta que a Anti-Herói Filmes chega agora a seu primeiro ano de atividades.
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A empresa foi criada em 2014 pelo brasileiro Lincoln Chessa em New York, Estados Unidos. Na época o proprietário frequentava workshops da Google, teve contato com fórmulas para criar uma produtora, uma marca, e decidiu então criar a Anti-Herói Filmes, que já nasceu internacional. Atualmente a produtora tem sede em New York, uma unidade em São Paulo, aberta seis meses após a fundação da empresa, e a intenção de abrir pelo menos mais duas unidades em Los Angeles, nos EUA, e em Florianópolis.
Chessa explicou, em entrevista ao Portal Exibidor, que cada espaço da Anti-Herói tem um foco ou vários, de acordo com o mercado da região. A sede, em New York, seria voltada para o cinema urbano ou de rua e em Los Angeles o alvo seria o cinema de alto poder comercial, enquanto em Florianópolis a mira estaria em trabalhos de fotografia. São Paulo, no entanto, já é um caso totalmente diferente. “Eu tenho uma paixão por São Paulo porque eu não consigo colocar um rótulo nela. Você pode ir desde o cinema de rua até o cinema de alto padrão, publicidade. Recebo propostas de todos os lados”, comentou.
Confira o bate-papo entre a Exibidor e Lincoln Chessa, proprietário da Anti-Herói Filmes:
Portal Exibidor: Além de Florianópolis, você pensa em abrir unidades em novos locais no Brasil?
Lincoln Chessa: Depende da proposta. Eu recebo a proposta e vejo o mercado dentro da cidade. A minha intenção é abrir em todos os lugares.
A Anti-Herói tem como missão proporcionar uma “viagem inesquecível sobre novos conceitos” no cinema, como isso acontece?
Eu acho que tem que ser um estudo sem fim e ainda mais em uma área dessa. Quando você pega todos os conceitos, começa a estudar e a juntar um monte de coisas que já existem, você acaba criando coisas novas. E a viagem inesquecível que eu sempre falo é que não tem um padrão. A gente não foca no drama ou na publicidade. A gente começa sempre a aplicar as coisas novas do cinema em materiais nos quais elas não existiam ainda.
Fale sobre os projetos já executados pela produtora.
Já fizemos mais de 10 curtas-metragens. Tem alguns curtas que estarão em festivais que provavelmente vão subir no nosso YouTube em breve, mas antes precisamos de autorização, alguns festivais pedem exclusividade. [Esses curtas-metragens] trazem uma trilogia de utopia e distopia que eu criei. Então eu gosto muito de tratar desse lance do contraste. Vamos estar no Festival do Minuto, no Brasil, em alguns festivais em São Paulo, nas Bahamas, em Los Angeles, em New York, na Rússia, no mundo inteiro.
Algum projeto da Anti-Herói já ganhou prêmios?
Eu ganhei um festival em New York com um videoclipe que fiz para um amigo meu que é aqui de São Paulo. A gente ganhou o New York Film Academy Festival e o videoclipe acabou passando no cinema, foi bem legal.
Existem longas-metragens entre os próximos projetos da produtora?
A gente está pré-produzindo um longa para ser rodado no ano que vem. É o nosso primeiro e será rodado no Brasil e nos EUA. Ele trata sobre uma história na qual se é proibido sonhar e aí um cara cria um modo de vender sonhos para as pessoas. Ainda está sem título e o diretor sou eu mesmo. Primeiro estamos pré-produzindo, mas quando estiver pra começar a gravar, aí vamos atrás de exibição, patrocinadores e tudo o mais.
Quais demandas são mais recorrentes para vocês? Publicidade, curta-metragem?
Hoje não consigo dizer porque consegui pegar uma marca muito grande. Eu estou com foco agora no lance de produzir coisas próprias, mas sempre aparece muita demanda de institucional, publicidade ou outras coisas como agenciamento de artistas.
Gostaria de deixar um recado ao mercado?
Não falaria mais nada da produtora, mas uma coisa que eu sempre falo quando vou dar palestra é o lance de acreditar em alguma coisa, não dar ouvidos a ninguém se você acredita nesse projeto e ir até o final porque vale a pena. Aconteceu comigo.
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