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27 Novembro 2015 | Fábio Gomes

Guilherme Fontes cria distribuidora para "Chatô"

Diretor afirma que planeja 150 cópias digitais e quer visitar cidades onde o filme será lançado

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Longa "Chatô" estreou após 20 anos de sua produção (Foto: Milocos Entretenimentos)

Chatô, o Rei do Brasil finalmente chegou às telas do Brasil depois de anos de espera. O longa começou a ser produzido em 1995 e foi interrompido em 1999 sendo concluído somente neste ano, quando estreou nos cinemas do País.

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Para distribuir a produção, o diretor e produtor Guilherme Fontes decidiu criar a sua própria distribuidora, intitulada Milocos Entretenimentos, que visa em um primeiro momento trabalhar com seus projetos e procura outras produções para distribuir no futuro.

“Tomei a frente, pois agora o mundo digital aproximou muito o produtor do exibidor, tudo ficou mais próximo. O controle da bilheteria, a logística de entrega de materiais, a diminuição dos displays físicos e a substituição pelos digitais”, afirma em entrevista exclusiva ao Portal Exibidor.

A ideia de Fontes é fazer algo em torno de 150 cópias digitais e, com elas, percorrer diversos pontos do Brasil. “Não precisarei fazer muitas cópias, mas até o final dos dias 10 ou 15 de dezembro vou ter distribuído isso pelo Brasil inteiro. Já nessa semana vamos para Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Porto Alegre, Goiânia, Maringá, Vitória, Cuiabá, Londrina, Recife, Curitiba, Caxias do Sul, Joinville e Camboriú”, explica. Segundo ele, seu plano é visitar cada um desses locais pessoalmente para conversar com interessados sobre a produção.

“Vou como uma espécie de um grande garoto propaganda deste assunto, promovendo debates, promovendo encontros nas cidades, nas universidades, nas escolas, com jornalistas, enfim. Despertando ou abrindo ou revelando a todos um pouco da saga que foi a vida do Chatô e da vida da produção do filme, que foi uma aventura alucinante. Mas estou muito feliz do resultado do filme ter compensado”.

O diretor só faz uma ressalva em relação ao VPF e acredita que o pagamento em relação a taxa de exibição deveria ser mais branda junto a filmes menores. “Com a baixa do custo das cópias, o custo do VPF acaba sendo algo muito tranquilo para os grandes filmes. Mas para os pequenos não. Os pequenos a vida ficou mais difícil, especialmente com o dólar do jeito que está. Então, essa questão ainda do valor do VPF é uma questão que tem de se decidir, está muito caro o dólar. Mas eu vou cumprir todos os acordos que fiz, está tudo sob controle”, garante.

Retorno do público

Segundo o cineasta, o retorno dos espectadores e da crítica tem sido uma agradável surpresa. Para ele, a maioria das críticas tem sido positivas e, por conta disso, tem utilizado o boca-a-boca para falar sobre o seu filme.

“O que não é o público senão uma pessoa que diz: ‘tive um bom programa’. A pessoa vai pra casa conhecendo melhor sobre a relação mídia poder e sobre a vida do Assis Chateaubriand. É um ótimo negócio ver o filme, isso que senti do público”, afirma.

A ideia do cineasta é que Chatô seja um projeto multimídia, com vários subprodutos. Então, além do filme, ele pretende comercializar outras coisas relativas a construção do projeto, com três séries documentais de histórias do Brasil sobre personagens e fatos que o inspiraram a fazer este longa.

“Transformei toda pesquisa do filme em documentários e esses documentários servirão de matéria de estudo para diversas mídias como universidades, centro acadêmicos de interesse em história e cinema”, explica. Já na época da produção, chegaram a ser exibidos e comercializados projetos para Globosat e sua expectativa é que eles também tomem o rumo da internet e o VOD.

Por fim, o cineasta acredita que o tempo colaborou com o filme e agradeceu o apoio dos cinemas que ao redor do Brasil. “Gostaria de agradecer por ser tão bem tratado pelos exibidores. É um filme importante enquanto obra e produção nacional, feito com o mais alto apuro técnico, o mais alto carinho, esses anos todos tornaram o filme em uma espécie de vinho clássico e o tornou absolutamente atual”, finaliza.

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