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07 Outubro 2015 | Fábio Gomes

Ministério da Cultura muda metas para o Vale-Cultura

Pouca aceitação do benefício foi discutido durante o Seminário Números da Cultura 

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(Foto: J. Leiva)

No último dia 30 de setembro, foi realizado o I Seminário Números da Cultura. Sediado no Rio de Janeiro, o evento destacou a importância de dados, indicadores e pesquisas para o desenvolvimento da área cultura no país.

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Entre as discussões esteve em pauta o Vale Cultura, produto criado para beneficiar prioritariamente os trabalhadores que recebem até cinco salários mínimos. O vale serve para que o constituinte utilize o serviço para comprar livros, ver filmes, ir ao circo, teatro e também o cinema. (confira uma matéria da Revista Exibidor sobre o tema).

O Ministério da Cultura tinha planos ousados para o projeto. Em 2010, foi traçada uma meta de que o benefício chegaria a 10 milhões de pessoas. Contudo, em cinco anos os objetivos para o Vale-Cultura foram revistos, pois houve pouca procura do cartão.

“Faltou um trabalho mais enfático e, talvez, de ampliar o arco de empresas que deveriam e poderiam entrar como portadoras e que conseguissem proporcionar o benefício. O nosso primeiro diagnóstico foi entender que ele não é conhecido”, afirmou Guilherme Varella, secretário de políticas culturais do MinC.

Atualmente, cerca de 369 mil trabalhadores recebem o Vale-Cultura e 69% deles gastam com livros. Em segundo lugar aparecem os cinemas, onde 21% dos beneficiados utilizam o cartão para assistir a filmes.

“Com os dados que temos do Vale-Cultura e com a previsão de crescimento da economia, a meta de 12 milhões é inalcançável. Nosso objetivo agora é chegar a pelo menos 3 milhões de trabalhadores para os próximos cinco anos de efetivação do Vale-Cultura. Essa é uma meta pequena? Não, mas é uma meta real”, completou o executivo.

Discussão com outras áreas do audiovisual

Além do Ministério da Cultura, instituições como o IBGE, ANCINE, Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), Observatório de Favelas, além de produtores e pesquisadores de diferentes áreas estiveram presentes no evento.

Juntos, eles discutiram a importância da produção dos mais variados indicadores sobre a ação cultural, dos investimentos públicos e privados e o seu impacto no PIB e na geração de empregos, além de informações sobre os hábitos de fruição, o perfil dos produtores e da produção que é ofertada à população.

“Juntamos instituições que trabalham pesquisas mais abrangentes com outras que fazem levantamentos em territórios específicos, para mostrar que os dados podem ser úteis de diferentes formas”, afirmou João Leiva, da J. Leiva Cultura & Esporte. 

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