31 Julho 2015 | Fábio Gomes

Professor da New York Film Academy critica situação do cinema atual

Paul Brown reclama do excesso de filmes de ação e diz que novos cineastas devem começar a produzir para web

O cinema se transforma de tempos em tempos. Atualmente, grandes produções de ação e de heróis tomam conta das salas e para o produtor Paul Brown, que trabalhou em filmes como Camp Rock e atualmente é professor da escola New York Film Academy, isso é prejudicial aos novos cineastas. 

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“Os filmes estão se tornando mais sobre espetáculo do que propriamente a história. É uma pena, mas todos os filmes estão se tornando parecidos com essas produções baseadas em quadrinhos. Poucos filmes como Whiplash e O Lado Bom da Vida ainda contam com espaço nos cinemas, pois o público comparece uma vez que ouviu ou leu que são bons. Mas produções neste estilo estão perdendo espaço nas salas”, afirmou o cineasta ao Portal Exibidor durante o 4º Acting & Film Festival, realizado pela Latin American Film Institute (LA Film). 

Segundo ele, filmes que fazem o espectador pensar ainda tem um pequeno nicho nos cinemas, mas novos cineastas começam a migrar seu trabalho para outras janelas de exibição. 

“Você não precisa de muito dinheiro para divulgar esses filmes na internet, ou pode utilizar ferramentas como o Netflix para lançar o seu trabalho. Pessoas estão começando a apreciar a ideia de assistir filmes em seus telefones, isso nunca poderia ter sido previsto”, afirmou. 

Hoje (31), Brown apresenta o filme Heaven’s Rain no Cine Caixa Belas Artes e, ao final da exibição, fará um bate-papo com os espectadores sobre a produção.  O evento fecha a sessão de exibições do Festival, que contou com produções independentes como Alguém Qualquer e um trabalho inédito da produtora LA Film, além de uma exibição remasterizada de Clube dos Cinco.

O Festival segue até o dia 02 de agosto e contou com workshops de Brown e palestras de outros grandes nomes do mercado internacional e nacional. Para o cineasta, este tipo de experiência é válida para incentivar ainda mais a produção nacional. 

“Esse trabalho foi uma ótima oportunidade para as pessoas conseguirem se aprofundar em técnicas diferentes e novas, afim de se aprimorarem e se prepararem ao mercado”, finalizou.