29 Maio 2015 | Fábio Gomes
Centauro comemora 79 anos de história
Empresa fala sobre a sua trajetória junto a parque exibidor nacional
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Uma das principais integradoras do Brasil comemora hoje (29) 79 anos de existência. A Centauro chega perto da casa dos 80 anos com muitas histórias e vivenciando de perto as grandes mudanças do parque exibidor nacional.
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“Podemos dizer que somos a única empresa genuinamente brasileira que produziu projetores bitola 35mm no Brasil e que ainda permanece em atividade. Participamos de todas as grandes transformações do cinema – do filme mudo ao som imersivo; dos projetor 35mm aos projetores digitais – o que nos credencia como a mais tradicional integradora técnica da América Latina”, afirmou em entrevista ao Portal Exibidor Luis Cioler.
Desde sua criação a empresa sempre preocupou-se em apresentar diferentes soluções para os exibidores e tornou-se uma das pioneiras no lançamento de tecnologias, modelos comerciais e foi embrionária de projetos trazidos pelos fabricantes de equipamentos. “Nosso NOC é um exemplo claro disto, pois iniciamos o planejamento de sua implantação em 2010 e colocamos a plataforma em funcionamento em 2011. Nos anos subsequentes aprimoramos as funcionalidades do sistema com implantação do software de gestão dos chamados, que permite aos nossos clientes o acompanhamento em real-time de todas as ocorrências que estão acontecendo em suas salas e os planos de ação corretiva que estão sendo adotados pela nossa equipe técnica”, explicou.
Ainda este mês, a empresa pretende implantar o conceito de BSC (balanced scoredcard), que é uma metodologia de mediação e gestão de desempenho dos membros da equipe da Centauro. “Tudo isto para aprimorarmos os serviços que prestamos para nossos clientes. Este projeto teve início há cerca de 10 anos (o conceito de BSC foi criado em 1992) quando demos início a implantação de nosso ERP e de lá para cá foram muitas as melhorias e ferramentas administrativas que disponibilizamos aos exibidores”, explicou.
Outra área onde a empresa tem dedicado uma atenção especial é em segurança entre as conexões estabelecidas entre a sua central de monitoramento e os cinemas monitorados por ela. “Sabemos que num futuro próximo os TMS`s estarão conectados aos sistemas de bilheteria e que uma eventual intrusão poderia gerar prejuízos financeiros significativos para nossos clientes; então, como sempre, fizemos o nosso planejamento e nos antecipamos em busca de soluções que hoje já estão disponíveis em nossa plataforma de trabalho. O investimento foi elevado? Sim, foi elevado, mas nós sabemos que são necessários para manter o grau de confiabilidade de nossa operação. Ignorar este assunto é expor o exibidor a um risco desnecessário – e isto nós não faríamos”, explicou.
Confira um bate-bola com Luis:
Nesses 79 anos, qual foi a maior conquista da empresa?
Nos orgulha a reputação nacional e internacional que construímos e lapidamos ao longos destes anos – credibilidade não só com os exibidores, mas com os fabricantes de equipamentos e com os estúdios. Estar presente há tanto tempo num mesmo mercado nem sempre é fácil, pois acabamos nos tornando referência e as cobranças e as expectativas de nossos parceiros de negócios ficam maiores todas as vezes em que a Centauro se envolve em um novo projeto. Por outro, lado isto nos obriga a manter um padrão de qualidade elevado e consequentemente conseguimos manter nossa trajetória de crescimento. Nestes momentos, olhamos para trás e percebemos que apesar das incertezas e dificuldades pelas quais nosso setor passou, conseguimos manter acesa a tocha que nosso finado pai, Abram Ciocler, acendeu em 1936 e assim como ele continuamos anonimamente e indiretamente a levar diversão para milhões de pessoas todos os anos – e isto é motivador!
Quais são as metas de crescimento para os próximos anos?
Temos muitos projetos em andamento – alguns deles para serão implantados ainda este ano – mas como ainda estão em fase de desenvolvimento e validação técnica não podemos divulgá-los. É certo que o mercado e em especial os nossos clientes receberão as boas novidades com alegria e satisfação.
Quais foram as principais dificuldades enfrentadas ao longo da trajetória e como as ultrapassou?
Uma das grandes dificuldades que enfrentamos ocorreu no início dos anos 90, pois naquela ocasião os exibidores estavam acomodados e não acreditavam que o investimento em novas tecnologias pudesse trazer melhores resultados para suas operações. Por outro lado nós insistíamos em dizer que as atualizações eram necessárias e que novas tecnologias deveriam ser implementadas com urgência, pois a cada dia que passava o parque exibidor era sucateado. Infelizmente nossa pregação teve baixa adesão e acabamos frustrados na maioria dos projetos que nos envolvíamos naquela ocasião. Em 1997 com a chegada da Cinemark ao mercado brasileiro os exibidores brasileiros saíram de sua zona de conforto e a busca por novidades tecnológicas aflorou e pudemos então colocar em prática tudo o que tínhamos pregado até então. Os anos que vieram na sequência foram bons para nós. Seguiremos com nossa estratégia , nosso atendimento personalizado e novidades que farão diferença no crescimento e cotidiano de nossos clientes.
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