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23 Abril 2015 | Fábio Gomes

Clint Eastwood é homenageado durante a CinemaCon

Diretor fala sobre o sucesso de "Sniper Americano" e processo de filmagem

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(Foto: )

Anualmente, a CinemaCon realiza um almoço em homenagem a grandes nomes da indústria de Hollywood que contribuíram para o seu crescimento e divulgação. Durante o terceiro dia da convenção, o diretor e ator Clint Eastwood participou de uma discussão sobre o seu processo de filmagem e sua paixão por filmes ao lado de Stephen Galloway, editor-executivo do The Hollywood Reporter.

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Em uma vasta sessão de perguntas e respostas, o diretor falou sobre o primeiro filme que lhe causou um impacto na vida, o drama de guerra Sargento York, dirigido por Howard Hawks e lançado em 1941.

O ator também comentou sua ascensão na série de televisão Rawhide, de 1959, e seu trabalho ao lado de diretores históricos como Sergio Leone, com quem realizou a trilogia do Homem Sem Nome, e Don Siegel, na série Dirty Harry. Eastwood afirmou que Leone e Siegel foram suas principais influências para seguir carreira como diretor e que sempre teve uma curiosidade natural em ficar por trás das câmeras. “Ao dirigir, você pinta um quadro, não apenas segura o pincel”, afirmou.

Sobre o seu processo de filmagem, o diretor afirmou que não gosta de interferir no processo de criação dos atores e, ao mesmo tempo, não gosta de ser incomodado por outras pessoas com perguntas fúteis.

“Você responde algo em torno de 400 questões por dia e, depois de um tempo, não quer mais saber o que os outros estão pensando. É muito irritante quando uma pessoa te pergunta a mesma coisa duas vezes, assim você começar a racionar o que falar”, explicou.

O diretor também recebeu o prêmio Fandango Fan Choice por conta de Sniper Americano, uma das maiores bilheterias de 2014. Indicado para o Oscar de Melhor Filme, o longa foi o mais votado pelos fãs que foram aos cinemas da Fandango e o prêmio foi entregue por Paul Yanover, presidente da rede.

“Estão sendo divulgadas várias notícias sobre as guerras do último ano no Afeganistão e no Iraque e todos tem uma opinião, mas ninguém nunca pensou no ponto de vista das pessoas que realmente estão vivendo isso de perto”, falou sobre a produção.

O diretor afirmou que assumiu o projeto logo após a saída de Steven Spielberg, que foi forçado a deixar a produção por conta de um conflito de agenda. “Eu liguei pra ele e falei: ‘Estou pegando os seus restos’ e ele respondeu: ‘Não, não, será ótimo’... ele me deu muito suporte para realizar o filme”, completou.

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