01 Abril 2015 | Fábio Gomes
Boca a Boca cria Instituto de Pesquisa
Objetivo é atender todo o mercado audiovisual brasileiro
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Com uma demanda cada vez maior do mercado, a Boca a Boca Filmes anunciou a separação do seu departamento de pesquisa da produtora e a criação do Instituto de Pesquisa Boca a Boca (IPB), voltado para estudos sobre o mercado audiovisual, que inclui cinema, televisão, games e propagandas.
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“Queremos montar um modelo matemático que possa prever com precisão a abertura de um filme. Tanto os exibidores, quanto o distribuidor, procuram saber como o filme vai abrir no mercado atual. Nos EUA existem essas ferramentas há muitos anos, mas quando você as aplica no Brasil não dá certo, pois o Brasil tem especificidades culturais e o público não é o mesmo”, afirma em entrevista ao Portal Exibidor Eric Belhassen, fundador e CEO do Boca a Boca.
Com a criação do Instituto, a empresa confirmou nomes conhecidos do mercado para trabalhar no setor de pesquisa. Tito Liberato, diretor de distribuição na Elo Company e ex-diretor de marketing da Fox, será consultor para os assuntos de tracking.
“Tito é formado, também, em matemática. Para nós é ótimo, pois ele está agregando uma visão excelente do mercado de distribuição, produção e exibição e ao mesmo tempo entra com a análise matemática, já que entende dos números e sabe como tratá-los”, completa Belhassen.
Além dele, Juline Belhassen, formada em direção de projetos culturais na Paris-Sorbone, foi confirmada para o cargo de gerente operacional. “Ela vai responder para os clientes, vai organizar as coisas para que elas funcionem perfeitamente”, completa o CEO.
O Instituto pretende, com isso, melhor seu relacionamento junto do produtor e do exibidor. O primeiro poderá utilizar os serviços para entender melhor como seu filme funciona com determinada plateia e se seu roteiro, por exemplo, atinge as pessoas da maneira que ele espera.
“Nós fazemos pesquisas de roteiro e é maravilhoso, pois aí o produtor entende se a cena funciona, se ela trás suspense e ele pode tirar determinada cena caso seja necessário. Utilizamos todas as nossas ferramentas de pesquisa online e presencial”, explica o Belhassen.
Apesar de ver importância grande na pesquisa presencial, Belhassen garante que a empresa utilizará todas as ferramentas disponíveis ao seu alcance e acredita que o online ganhará ainda mais importância nessa nova fase. “A pesquisa presencial é extraordinária, mas o online pode juntar o Brasil, que é um país gigante, mais rapidamente. Pesquisas quantitativas precisam de números e com ela podemos saber como o nordeste reage, como o sudeste reage, como o sul reage. Isso é facilitado com o online”.
Para trabalhar ao lado do exibidor, o CEO espera uma participação grande dos donos do cinema do país. “Hoje a gente quer que o exibidor possa conversar conosco, pedir informação, pedir até algumas carências dentro do mercado. Estamos abertos para conversar com sindicatos e com exibidores em particular para afinar ainda mais essas ferramentas, pois são eles que irão usá-las", finalizou.
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