12 Março 2015 | Fábio Gomes
China ajuda Bilheteria Global bater recorde em 2014
Sem o país asiático, ano seria de queda nas bilheterias
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A MPAA divulgou seu relatório anual de estatísticas do mercado de cinema e o estudo revela que todos os filmes lançados ao redor do mundo chegaram a quantia recorde de US$ 36,4 bilhões em 2014, um crescimento modesto de 1% em relação a 2013.
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O recorde se deve especialmente aos mercados internacionais e a expansão da região asiática, que teve um crescimento de 12% no total. A China é o grande destaque, pois contou com um crescimento de 34% e se tornou o primeiro mercado internacional a exceder US$ 4 bilhões em bilheteria (US$ 4,8 bilhões no total).
“Nos últimos anos, um número crescente de pessoas ao redor do mundo estão indo para os seus cinemas locais para assistir filmes de cineastas americanos e de todo o planeta”, afirmou Chris Dodd, presidente e CEO da MPAA.
Assim como os dados revelados pela Rentrak recentemente (leia mais aqui), a China se consolidou, assim, como a segunda maior bilheteria do mundo, atrás apenas dos EUA. No ranking, ela é seguida do Japão (US$ 2 bilhões) e França (US$ 1,8 bilhão).
O Brasil por muito pouco não entrou no top 10 das maiores bilheterias do mundo. O país ficou na 11ª colocação do ranking, muito por causa da desvalorização do Real perante ao Dólar. O país arrecador US$ 800 milhões. O México ficou uma posição a sua frente, com US$ 900 milhões.
Mesmo assim, o Brasil ficou a frente de países como Itália, Espanha, Holanda, Argentina e Suécia.
“2014 foi um ano forte, e 2015 está começando de uma maneira excelente, com a bilheteria dos EUA/Canadá com um crescimento de 11% nos primeiros dois meses deste ano”, completou Dodd.
Crescimento do parque exibidor mundial
Somente no ano passado, houve um crescimento mundial de 6% nas salas de cinema, ultrapassando a marca de 142 mil salas. A Ásia, mais uma vez, merece destaque pois a região teve um aumento de 15% em suas telas.
O crescimento de salas digitais também ganhou evidência, com um aumento de 14%. Apesar do desenvolvimento ter sido menor em relação aos últimos anos, cerca de 127 mil salas mundiais já estão no formato digital.
Enquanto isso, o formato de exibição analógica está virando artigo raro. De acordo com o estudo, existem somente pouco mais de 14 mil salas exibindo filmes em 35mm ao redor do mundo, sendo que o continente mais atrasado quanto a digitalização é a Ásia, com pouco mais de 7,7 mil telas. O EMEA (Europa, Oriente Médio e África) aparece na sequência com 3,5 mil telas.
A América Latina apresenta o menor número de telas no geral, com apenas 11 mil. Contudo, mais de 9,6 mil delas estão digitalizadas, sendo 4,3 mil capazes de realizar exibições em 3D. Ou seja, cerca de 45% do seu parque tem capacidade de exibição em três dimensões.
Contudo, o crescimento de salas com exibição em 3D não pode ser comparado com a Ásia. O continente conta com 27 mil salas capacitadas para a exibição em três dimensões. Em 2010, por exemplo, o continente apresentava apenas 4,6 mil salas com o formato.
Crise nos EUA
Enquanto o recorde mundial merece destaque, os EUA apresentaram queda na arrecadação de ingresso de US$ 10,9 bilhões em 2013 para US$ 10,4 bilhões em 2014. Enquanto filmes como Transformers, Guardiões da Galáxia e Malévola foram sucessos internacionais, as produções deixaram a desejar no país.
A venda dos ingressos caiu 6% e ficou na marca de 1,27 bilhão, o menor em mais de uma década. O espectador tradicional comprou cerca de 5,5 ingressos ao longo do ano, uma queda em relação a 2013 quando o número foi de 5,9.
Enquanto o 3D cresceu no mundo, o formato parece estar fadigado nos EUA e representou apenas 14% da bilheteria total. Essa é a menor porcentagem desde 2009, ou seja, apenas 27% dos especadores assistiram filmes em 3D em 2014, comparado com os 52% do público que assistiu o formato em 2010.
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