11 Março 2015 | Fábio Gomes
Cine Brasil realiza parceria com a Barco para criar cinema no estilo franquia
Expectativa é oficializar o projeto após a CinemaCon, que será realizada em abril
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A Cine Brasil está preparando um projeto ousado junto à Barco. As empresas pretendem criar um modelo de cinema uniforme para todo o Brasil, ou seja, a sala de uma cidade do interior contará com a mesma estrutura e qualidade de um cinema das maiores capitais do país. A expectativa é confirmar a ideia após a CinemaCon, que será realizada em abril.
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“Pretendemos criar um projeto no estilo 'McDonalds'. Você chega em um McDonalds em qualquer lugar no mundo e você tem sempre um projeto semelhante. A nossa proposta pra Barco é que a Barco Bélgica administre a qualidade desta sala, ou seja, independente de quem seja o prestador de serviço desse cinema, a Barco avisará quando algum equipamento estiver desatualizado, quando a lâmpada estiver vencendo... a própria empresa forneceria essa informação e o cinema notifica quem ele quiser para trabalhar ou até o próprio exibidor corre atrás dessa situação. Se ele não mantém isso, a Barco o descredencia e ele passa a ter uma sala normal”, afirmou Claudinei Mascaro, CEO da Cine Brasil.
O empresário explica que falou com a Barco para a realização do projeto pois a empresa fornece tudo que uma sala de cinema precisa, que vai desde projetores com exibição em três dimensões, até som e servidores. “A Barco Brasil adorou o projeto e, agora, vamos oficializar com a Barco Bélgica, pois existem alguns investimentos por parte do fabricante. Uma vez que isso também se torna um marketing para a Barco, ela precisa arcar com esse custo, pois não posso chegar hoje com um equipamento que custa cerca de US$ 80 mil dólares e aumentar esse preço para o cinema. Eu preciso manter esse preço ou abaixar esse custo, além de agregar outros equipamentos. Um dos meus objetivos é agregar o sistema de correção automática, pois assim que o operador ligar o equipamento ele faz a calibração de áudio e imagem, sem a necessidade de ir um técnico no local, provendo o máximo de qualidade todo dia”, afirmou Mascaro.
A ideia é que inclusive alguns detalhes da sala sejam especiais, contando com uma entrada diferenciada para os espectadores. “Entendemos que isso o cinema não pode pagar, mas isso também entra na ideia de marketing para a Barco. Quero que a fábrica mande isso para o cinema sem custo”, completou.
Para que todo esse planejamento seja possível, Mascaro acredita que será necessário a união dos pequenos e médios exibidores para que, assim, haja uma maior facilidade na negociação. “Precisamos que todos eles se conversem, não vou dizer para cada um parar de administrar a sua sala ou a sua programação, mas troquem informações, modernizem, que façam uma compra conjunta... se temos cem salas de cinemas juntas, elas vão conversar com as fábricas em nome de cem cinemas, não em nome de um. Essa instalação, então, pode ser mais barateada”, finalizou.
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