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27 Fevereiro 2015 | Redação

Primeiro dia do RioContentMarket contou com agências de fomento ao cinema nacional

Spcine e RioFilme participam do dia inaugural do evento 

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Evento teve diversos painéis com profissionais conceituados (Foto: Divulgação)

O RioContentMarket foi realizado ao longo dos dias 25 e 27 de fevereiro, no Rio de Janeiro, e teve como destaque palestras a novidades para o mercado de produção, exibição e distribuição cinematográfico e voltado para a televisão e internet.

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O primeiro dia contou com uma palestra do BNDES ministrada por Luciane Gorgulho, chefe do departamento de economia da cultura do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Ela falou sobre a contribuição do banco para o audiovisual, sendo que no período de 2007 a 014 foram desembolsados para o setor R$ 576 milhões com R$ 215 milhões investidos em produção.

O valor foi investido por meio de mecanismos de financiamento não-reembolsáveis (49%), Procult (27%), cartão BNDES (7%) e financiamento de empresas (17%).  Segundo Luciane, a tendência é que o Procult ganhe uma proporção cada vez maior nesses investimentos em virtude da demanda por essa modalidade.

“O setor audiovisual só vai se estruturar no Brasil se as empresas prepararem seus planos de negócios, sem correr atrás de projeto por projeto”. Luciane contou ainda que esse ano será lançada uma chamada para o investimento em fundo de participação voltado para o audiovisual.

Na sequência, Dominique Vancraeynest, responsável pelo Desenvolvimento de Negócios da GFK Group, falou sobre o novo consumidor multitela. De acordo com a pesquisa apresentada pelo executivo, o estilo de vida e os principais hábitos são os aspectos que definem o consumo deste novo espectador, que é demandante, criativo e complexo.

Sempre conectado a smartphones e tablets, ele assiste a programas de TV, filmes e séries em seu dispositivo móvel cada vez com mais frequência, e, com isso, torna-se também mais exigente. Nos Estados Unidos, o conteúdo disponibilizado a estes usuários quase dobrou desde 2010.

Além disso, um em cada cinco usa seu tablets para assistir a televisão ou filmes nos últimos sete dias. E não há motivo para preocupação: todos os conteúdos têm espaço. “Enquanto assistem futebol na TV, por exemplo, eles visualizam vídeos curtos e acessam os aplicativos pelo celular. As telinhas complementam as telonas”.

Um dos principais convidados do dia foi o diretor M. Night Shyamalan, mente por trás de sucessos como O Sexto Sentido e Sinais. O diretor está realizando sua primeira série de TV, Wayward Pines, e explicou que nos últimos anos o interesse do espectador mudou. 

“Ser um realizador particular trabalhando no cinema mainstream implica ter um espaço muito reduzido. Essa relação se inverte na televisão: hoje em dia, quanto mais diferente você puder fazer, tanto melhor”, destacou Shyamalan. “Nos últimos quinze anos, a janela disponível para captar a atenção da audiência se encolheu de 45 minutos para uns 18 minutos. É preciso mandar uma mensagem clara e segura desde o início da historia. O formato televisivo garante mais fôlego nesse sentido”, completou.

Ele também se referiu ao filme “The Visit”, um “pequeno thriller” que realizou no ano passado e já vendeu para Universal, com estreia prevista para setembro nos EUA.

Destaque também para a participação da Spcine, que foi uma das patrocinadoras do evento e contou com um estande duplo onde, além de informações sobre a empresa de cinema e audiovisual de São Paulo, os visitantes puderam conhecer as produções paulistas que chegam às telas em 2015.

Pierluigi Gazzolo, presidente da Divisão Américas da programadora Viacom International media Networks (VIMN), falou sobre o poder do consumidor da nova geração e como criar conteúdos para os mesmos. “As audiências consumem conteúdo onde e quando querem, e isso tem representado um desafio para companhias como nós, com tantas horas de conteúdo disponível”, explicou.

Sérgio Sá Leitão fez uma das suas últimas apresentações como presidente da entidade durante o evento, apresentando números da RioFilme. A empresa investiu em 2014 cerca de R$ 40,5 milhões e quase 50% desse valor foi dinheiro oriundo de receitas da própria agência obtida por meio de investimentos em projetos.

Entre as linhas lançadas esse ano, destaque para produção e finalização de longas, investimento seletivo em produção de curtas, investimento reembolsável seletivo em produção e distribuição de longas, investimento automático em digitalização de cinemas, investimento seletivo em exibição, investimento automático em acessibilidade de salas, investimento seletivo em eventos setoriais estratégicos, investimento seletivo em capacitação. Foram contemplados ao todo 105 projetos de 92 empresas cariocas.

Saiba mais:

- Chris Dodd fala sobre pirataria no RioContentMarket

- Galeria de Fotos do RioContentMarket 2015

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