24 Fevereiro 2015 | Vanessa Vieira

Circuito Sala de Arte deve fechar duas unidades para evitar falência

Falta de patrocínio pode minar o projeto em Salvador

O Sala de Arte, circuito de cinema que está presente em Salvador, Bahia, há 15 anos, deve fechar duas unidades, entre elas a Cinema do Museu e a Cine Vivo. O circuito já chegou a ter oito salas e está se mobilizando para contatar e conseguir apoio de órgãos públicos e empresas ligadas ao setor cultural.

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A unidade no Museu Geológico é a que está mais próxima do fechamento. Isso porque, com o fim do contrato e com as dificuldades que o circuito tem enfrentado para tentar renovas a locação do espaço, a unidade Cinema do Museu, inaugurada em 1996, deve ficar aberta apenas por mais um mês.

De acordo com o site de notícias A Tarde, o espaço possui a capacidade para 125 pessoas e foi mantido até o momento graças ao apoio de empresas e também por receber uma fatia do patrocínio que o circuito recebia da Telefônica Vivo. O sócio da empresa Cinema e Arte, Marcelo de Sá, que está à frente do Sala de Arte, contou ao portal que precisam conseguir novos apoios e também viabilizar uma reforma para que o Cinema do Museu seja mantido.

Quanto à unidade Cine Vivo, localizado no Shopping Paseo, a dificuldade principal foi a perda do patrocínio da Vivo . Mas o circuito ainda tem algum tempo para tentar não fechar as duas salas do local enquanto tenta achar um novo apoio financeiro.

Segundo Marcelo de Sá, o local pode se manter aberto ainda durante os próximos seis meses se o Sala de Arte conseguir negociar com o condomínio do shopping e o proprietário do local para poder pagar menos pelo espaço. Caso as negociações são culminem em um acordo, o Cine Vivo deve ficar aberto por no máximo três meses.

Apesar de todo o circuito receber, em média, de duas a três mil pessoas por semana, a frequência ainda não é suficiente para manter as unidades. De acordo com a entrevista de Sá ao site A Tarde, a frequência de cinco mil pessoas por semana, por exemplo, seria o suficiente para manter o circuito sem lucro. Mas o sócio já avisou que “sem patrocínio, o projeto é inviável. Temos um débito de investimento de mais de um milhão de reais”.

A única unidade do Sala de Arte que ainda permanece sem riscos de fechar é a Cinema da UFBA, localizado na Universidade Federal da Bahia. A unidade existem em parceria com a instituição e com a Agência Nacional de Cinema – ANCINE, o que garante que o espaço seja isento do aluguel. No entanto, o fechamento do Cine Vivo e do Cinema do Museu podem ser essenciais para evitar a falência total do Sala de Arte.