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18 Fevereiro 2015 | Janaina Pereira

Brasil brilha no Festival de Berlim com a exibição de 15 filmes

O cinema brasileiro chamou a atenção de exibidores internacionais

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(Foto: )

Com 15 filmes distribuídos em diversas seções, o Brasil brilhou no Festival de Berlim, que teve sua 65ª edição encerrada neste domingo (15). O longa Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert, foi o vencedor da Mostra Panorama, apontando que deve ser um dos principais filmes nacionais este ano (já havia ganho o prêmio de melhor atriz para Regina Casé e Camila Márdila no Festival de Sundance, em janeiro). A produção – que durante o Festival teve sua exibição garantida para os EUA - também ganhou o prêmio da Confederação de Cinemas de Arte e Ensaio.

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A boa performance do filme de Anna Muylaert foi um dos pilares nacionais em Berlim. Com número recorde de produções apresentadas para exibidores de diversas partes do mundo, ficou evidente a boa safra de filmes brasileiros em 2015. "O Festival de Berlim é uma vitrine muito interessante para que o mercado internacional conheça o filme", disse o cineasta Lírio Ferreira, que apresentou seu filme Sangue Azul na abertura da mostra Panorama. O longa foi um dos que foi produzido e representado por empresas associadas ao Programa Cinema do Brasil, que, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), realiza ações para ampliar a visibilidade e criar oportunidades para a participação do cinema brasileiro no exterior.

“Estamos muito felizes pelo nosso cinema estar mais uma vez com relevante participação em um festival tão importante como o de Berlim. Isso reflete a maturidade e qualidade da produção brasileira”, disse o Presidente do Programa Cinema do Brasil, André Sturm.

Mesmo sem estar na Mostra Oficial, o cinema brasileiro chamou a atenção dos exibidores internacionais. Para o inglês Harry Marshall, proprietário de uma rede de cinemas em seu país, apresentar um filme em Berlim é diferente de Cannes e Veneza porque o festival alemão tem um foco mais político. “Você vem a Berlim ciente de que vai filmes sobre contrastes sociais, diferenças raciais e todo o tipo de problema que o mundo inteiro está sofrendo nos dias de hoje. É um tipo específico de filme, e acredito que o Brasil se encaixe bem neste perfil, pois tem uma ótima percepção para estes temas. Não foi à toa que um filme como Tropa de Elite ganhou um Urso de Ouro aqui”, comentou.

O exibidor alemão Wolf Look também acredita que o Brasil tenha mais chances de boas vendas de seu cinema em Berlim. “Os filmes brasileiros sobressaem quando apostam em causas sociais, na sua realidade de dificuldades e diferenças. No Festival de Berlim este tipo de filme é bem-vindo, então nós exibidores olhamos com mais atenção para o evento quando queremos este tipo de filme em nossos cinemas”, conclui.

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