28 Janeiro 2015 | Fábio Gomes

Cine Roxy vende óculos 3D antes de sessões

Rede foi notificada pelo Procon por "venda casada", mas chegou a acordo com entidade

No início deste mês, o Cine Roxy foi notificado pelo Procon sob a acusação de “venda casada”, pois o cinema optou por comercializar óculos 3D antes de cada sessão. Após a compra do ingresso (R$ 26,00 a inteira), o cliente deveria desembolsar mais R$ 5,00 pelos óculos.

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A prática teve início no fim do ano passado, com a estreia de O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos. Toninho Campos, diretor da rede, defende que a venda é benéfica ao espectador e o cinema pôde oferecer um óculos mais confortável.

“O consumidor pode levá-lo pra casa, usar em outro espaços. Inclusive, temos relatos de pessoas que já o utilizaram até para jogar videogame 3D em casa e adoraram”, afirmou em entrevista ao Portal Exibidor.

Neste período, foram comercializados mais de 15 mil unidades e o diretor garante que a venda foi conversada junto a fornecedora dos óculos. “Temos modelos infantis da Volfoni - da Volfoni que foram comercializados mais de 15 mil. Estamos vendendo agora o modelo da Spedeo e estamos para receber o modelo da Xpand”, explicou.

A rede garante que o espectador pode entrar na sala para assistir ao filme com qualquer óculos, mesmo que ele não tenha sido comprado em um dos cinemas do grupo. “A diferença entre o ingresso 2D e o 3D, que era de 20% a mais para os filmes em três dimensões, diminuiu para 10%. Sem contar o fator da higienização”, completou.

Mesmo assim, o Procon da Baixada Santista divulgou que recebeu mais de 15 reclamações e considerou a prática abusiva. Por isso, o cinema chegou a um acordo com a entidade e passará a oferecer os dois serviços.

“Temos o óculos para empréstimo e seguimos com a venda em respeito a quem aderiu ao formato, sendo que o valor do ingresso para quem compra o óculos é diferenciado”, afirmou. “Estamos buscando a melhor maneira de atender ao consumidor. Temos mais de 15 mil pessoas satisfeitas e trabalharemos para chegar a um denominador comum”, finalizou.