31 Dezembro 2014 | Fábio Gomes
ANCINE divulga relatório final da Câmara Técnica sobre digitalização
Documento conta com observações, propostas e conclusões da Câmara
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A ANCINE divulgou o relatório final com as observações, propostas e conclusões da Câmara Técnica sobre a digitalização e a distribuição do cinema. Entre os diversos temas discutidos, destacam-se o compromisso das distribuidoras com cinemas de pequeno porte, a relação do VPF e a exibição de filmes nacionais.
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A Câmara foi formada por profissionais de diferentes atividades cinematográficas, além de contar com outros agentes do setor que participaram das reuniões na condição de convidados, como empresas prestadoras de serviço de entrega de conteúdo por satélite, agentes integradores e pequenos grupos exibidores.
No segundo semestre de 2014, houve uma aceleração forte na distribuição digital e, com isso, veio a diminuição na disponibilidade de cópias de 35mm, afetando especialmente os pequenos exibidores que ainda passam pelo roll out. Com a recomendação da Câmara Técnica, a ANCINE tem conversado com os principais distribuidores um compromisso público para a manutenção das cópias analógicas nos próximos meses no caso de lançamentos de médio e grande porte.
Assim que estes cinemas estiverem digitalizados, as distribuidoras internacionais manifestaram sua disposição em fornecer cópias digitais a todos os complexos que demandarem, o que envolve também o pagamento de VPF. Por isso, a Câmara recomenda a adesão dos exibidores aos contratos por meio de integradoras.
O documento explica, ainda, que não é obrigatório a digitalização de todas as salas para o recebimento do VPF. Dessa maneira, o exibidor pode ter a opção de não digitalizar ou por digitalizar por um padrão diferente do DCI alguma das salas do seu cinema. Contudo, no caso dessas salas específicas, não há o pagamento do VPF.
Durante a Câmara foi definido que a referência para pequenos lançamentos sejam filmes distribuídos simultaneamente em 30 salas e a forma de pagamento de VPF dos mesmos. “O valor deve ser próximo à fração do pagamento de VPF integral considerado o número de sessões de uma semana de exibição, respeitado o limite máximo de VPF estabelecido no contrato”, explica o documento.
A Câmara entendeu a importância da manutenção de filmes brasileiros em cartaz e caso a produção apresente um desempenho igual ou superior à média da sala, deve ser mantido por mais uma semana. Com isso, o exibidor estimula o cinema nacional e mantém a diversidade ao espectador. Recentemente, visando evitar o monopólio de salas pelos grandes lançamentos, a ANCINE divulgou um compromisso que limita o número de salas de um filme por complexo (leia mais aqui).
A importância do envio das informações coletadas pelos NOCs dos integradores e exibidores em arquivo diário após as sessões foi destacado. A Câmara ressaltou, também, que o sistema de dados de monitoramento e da bilheteria podem ser integrados para envio à ANCINE.
Por fim, foi discutido a distribuição via satélite. A modelagem e a execução de um sistema de envio e entrega de conteúdos apresenta redução de custos, facilidade logística e, segundo o documento, deve ser a próxima pauta na reestruturação do cinema nacional.
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