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17 Novembro 2014 | Por Laura Barbosa

BH recebe o IV Fórum Nacional dos Trabalhadores em Empresas Exibidoras Cinematográficas

Evento foi palco de debates e de busca por soluções para a capacitação da área de projeção

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(Foto: Divulgação)

Durante dois dias, 11 e 12 de novembro, cerca de 120 pessoas, entre elas da organização do evento e operadores de projeção cinematográfica, estiveram presentes no IV Fórum Nacional dos Trabalhadores em Empresas Exibidoras Cinematográficas, no Sesc Venda Nova, em Belo Horizonte.

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Este Fórum teve com objetivo a busca da união e de conhecimentos com outros estados para tentar reverter à preocupação dos projetistas ao desemprego com a chegada das novas tecnologias, como projeções mais rápidas para aumentar a clareza de imagens, novos sistemas de som ambiente imersivos, projetores de 3-D, entre outros. Para tranquilizar os profissionais, o evento convidou pessoas qualificadas da área para mostrar os empenhos que estão sendo realizados, como os cursos de capacitação, para que tenham um conhecimento técnico em operar um aparelho digital, tão bem, como sabem fazer em um equipamento analógico.

“Uma grande parte destes trabalhadores já passaram dos 50 anos, por isso, desenvolvemos o curso básico de operador de computador de curta duração, para terem um conhecimento técnico. Assim, quando trabalharem em um equipamento digital usarem corretamente, sabendo onde é feita a correção de uma imagem ou áudio, por exemplo”, conta o Coordenador Geral do Fórum e operador de projeção, João Batista de Paula.

Entre os temas debatidos, o principal e de mais interesse dos profissionais, foi o de Novas Tecnologias na Atividade Cinematográfica seus Impactos e suas Consequências, ministrado pelos pesquisadores e especialistas na área cinematográfica, Ingrid Gonçalves e Alessandro Genário falaram sobre os desafios para os operadores cinematográficos na nova era da projeção digital.

“Vão surgir mais tecnologias para a projeção de um filme, mas é bom lembrá-los, que os projetistas são e sempre serão montadores de espetáculos, e eu entendo a preocupação em perder o emprego, por isso, estão sendo criados cursos de capacitação, para que tenham um conhecimento técnico e, com isso, sejam capacitados a operar a nova máquina”, comentou o operador cinematográfico e professor do movimento Coletivo Balé Mecatrônico, de São Paulo, Alessandro Genário.

Com este curso e outros mais que estão por vir, os operadores cinematográficos ficarão qualificados a operar estes novos equipamentos e com o certificado em mãos a chance de demissão será pequena, por conta, de uma qualificação na área. “Ainda estamos querendo criar um órgão, como o DETRAN e o DNIT, por exemplo, de fiscalização e orientação aos trabalhadores das Empresas Exibidoras Cinematográficas”, afirma João Batista.

Carta de Belo Horizonte

Uma ata do evento será entregue aos governantes com todos os assuntos importantes discutidos neste Fórum e os que aconteceram em outros estados. Os trabalhadores entendem o valor das novas tecnologias, mas tem que ter uma preocupação com aqueles, que há muito tempo, estão nesta profissão por amor à arte e fazem parte de gerações de famílias projetistas.

A expectativa é reverter esta situação, buscando maneiras de qualificar e de se organizar ao novo ambiente. Profissionalizar, qualificar para ter uma mão de obra qualificada.

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