15 Outubro 2014 | Redação
Estudo divulga a importância do papel na comunicação
Jornal perde espaço para eletrônico e revistas seguem firme
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A divulgação de informações relevantes ao consumidor em papel, na visão de muitos, está com os dias contados. A velocidade de informação da internet e a capacidade de encontrar novidades na palma da mão graças aos smartphones facilitou e acelerou a vida do leitor.
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Porém, um estudo realizado pelo Datafolha a pedido da Two Sides Brasil, que integra a maior campanha mundial em favor da comunicação impressa e conta com o apoio de 42 entidades, apresentou os resultados da pesquisa Opinião sobre a Comunicação Impressa.
De alcance nacional, o estudo teve como objetivo revelar a percepção dos brasileiros maiores de 16 anos sobre a sustentabilidade da comunicação impressa. A amostra abrangeu 135 municípios e apresenta 95% de confiabilidade, com margem de erro de dois pontos percentuais.
Diversos exibidores utilizam e distribuem um pequeno jornal para divulgar informações relevantes ao consumidor. Segundo a pesquisa, esse tipo de publicação não tem mais a força de antes e já existe uma divisão na preferência dessa forma de impresso.
O estudo comprova que praticamente metade dos brasileiros não obtém mais informações junto aos jornais, totalizando 48%. Outros 48% preferem utilizar tablets e celulares ao invés de lerem notícias em um jornal. A visão do brasileiro entrevistado é que o jornal impresso é uma forma de gasto de papel. Por ter uma periodicidade relativamente curta , muitos entendem que ele é prejudicial ao meio ambiente.
Contudo, enquanto o jornal sofre um abalo, a revista segue firme na preferência dos brasileiros. 59% do público consumidor prefere ler informações em revistas ao invés de utilizar um meio eletrônico (28%). Isso acontece pois o brasileiro vê a duração desse tipo de publicação muito maior do que outro meio impresso.
A Two Sides Brasil é uma entidade que nasceu na Inglaterra com o objetivo de desfazer mitos e difundir informações sobre a sustentabilidade do uso do papel e da comunicação impressa, além de combater o greenwashing.
Segundo a entidade, a produção de papel não destrói as florestas e, sim, apoia a gestão de floresta sustentável. O Brasil possui cerca de 2,2 milhões de hectares de florestas plantadas para a produção de celulose e papel. No país, as empresas plantam árvores para fazer papel, preservando as florestas nativas e evitando o desmatamento.
“Para nosso país, no qual a mídia impressa é uma das mais avançadas do mundo, é de grande importância a conscientização da sociedade sobre o significado dessa indústria no contexto do desenvolvimento”, Maria Célia Furtado, diretora executiva da associação nacional de editores de revistas (ANER).
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