10 Outubro 2014 | Janaina Pereira, RJ
Termina o Festival do Rio
Confira a cobertura completa feita pelo portal Exibidor
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O Festival do Rio terminou ontem, depois de uma programação intensa de 15 dias e muitas novidades para o mercado exibidor, dentre elas o anúncio da RioFilme de novos editais de apoio e a divulgação de um estudo sobre o impacto econômico do setor audiovisual brasileiro. O Portal Exibidor conferiu tudo de perto e trouxe diariamente notícias do evento.
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Linhas de projetos para o audiovisual
A RioFilme divulgou em coletiva de imprensa durante o Rio Market, a área de negócios do Festival do Rio, cinco editais novos para o setor audiovisual carioca, no valor de R$ 10,16 milhões. Foram anunciados apoio à digitalização de salas culturais; apoio à produção de séries para plataformas digitais, em parceria com o YouTube; apoio à produção e à finalização de longas; investimento automático reembolsável em séries de TV e apoio à produção de curtas.
O anúncio aconteceu depois do início do movimento “Rio: Mais Cinema, Menos Cenário”, que reuniu profissionais do audiovisual nas sessões do Festival do Rio, em protesto contra as ações dos governos municipal e estadual para o setor. Integrantes do movimento estiveram presentes na coletiva.
“Este ano foi difícil para a RioFilme. Enfrentamos contingenciamento orçamentário, porque o Brasil, ao contrário do que diz a propaganda, está em recessão. Isso gerou um descompasso entre a expectativa de arrecadação e a arrecadação de fato. Então a prefeitura teve que contingenciar recursos em várias áreas, não só na RioFilme. Isso foi prejudicial para nosso planejamento”, explicou Sérgio Sá Leitão, diretor-presidente da RioFilme, e secretário municipal de cultura do Rio de Janeiro.
De acordo com Sá Leitão, os recursos foram liberados há duas semanas, e a prefeitura esperou o Festival do Rio para anunciá-los. “É importante lembrar que o total do orçamento da RioFilme para este ano é de R$ 42,36 milhões, com investimentos em 117 projetos. A fronteira entre as definições de critérios econômicos e culturais é muito tênue. Não temos um compromisso com um determinado tipo de filme. Nossa diretriz é dar conta a diversidade do Rio de Janeiro, balanceando as duas dimensões, cultural e econômica”, ressaltou.
Além de Sérgio Sá Leitão, participaram da coletiva o presidente da Associação Brasileira de Produtores Independentes de Televisão (ABPITV) Marco Altberg, a presidente do Sindicato Interestadual da Indústria Audiovisual (SICAV) Silvia Rabello, o presidente da Associação Brasileira de Cineastas (ABRACI ) Dodo Brandão, o presidente da Associação das Distribuidoras Brasileiras (ADIBRA) Bruno Wainer, o presidente do Sindicato das Empresas de Distribuição do Rio de Janeiro, Jorge Peregrino, o presidente do Sindicato das Empresas de Exibição do Rio de Janeiro Gilberto Leal, e o cineasta Cacá Diegues.
RioMarket
O Rio Market reuniu roteiristas, produtores, diretores, exibidores, distribuidores, autoridades, técnicos e profissionais do setor que participaram de diversos eventos, trocando experiências e informações sobre o mercado cinematográfico. Um dos seminários mais disputados foi o painel ‘’Transmídia: o audiovisual em transformação e convergência’’, com Marcelo Siqueira, da Mistika Produção Cinematográfica, apresentando cases de transmídia que fizeram sucesso. Segundo Siqueira, “é importante falar com o público específico é mais eficiente do que falar com a massa”.
Premiação
No Festival do Rio, encerrado no último dia 8, o troféu Redentor ficou com o filme Sangue Azul, de Lírio Ferreira, que também ganhou os prêmios de melhor diretor e ator coadjuvante para Rômulo Braga. O melhor longa de documentário foi À Queima Roupa, de Theresa Jessouroun; e Barqueiro, de José Menezes e Lucas Justiniano ganhou o prêmio de melhor curta. O melhor diretor de documentário foi Theresa Jessouroun, por À Queima Roupa, enquanto Bianca Joy Porte (Prometo Um Dia Deixar Essa Cidade) e Matheus Fagundes (Ausência) ganharam os prêmios de atriz e ator, respectivamente.
A melhor atriz coadjuvante foi Fernanda Rocha, por O Último Cine Drive-in. Murilo Salles ganhou o prêmio de melhor roteiro, por O Fim e os Meios e o Prêmio especial do júri ficou com Ausência, de Chico Teixeira. Pelo voto popular, foram premiados Casa Grande, de Fellipe Barbosa, como melhor filme; Favela Gay, de Rodrigo Felha, como melhor longa documentário e Max Uber, de André Amparo, como melhor curta.
Homenageado pelo conjunto de sua obra, o ator Othon Bastos – que está completando 62 anos de carreira - brincou ao receber o prêmio. "Quando você recebe um prêmio no Brasil, você perde um emprego porque os diretores acham que vai cobrar o olho da cara. Para mim, foi uma grande surpresa", disse.
A cerimônia de premiação do Festival do Rio também homenageou o ator Hugo Carvana, falecido no último dia 4.
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**Veja na galeria do Exibidor fotos de todos os dias do Festival.
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