01 Outubro 2014 | Redação
Netflix planeja lançamento simultâneo em telas IMAX e cinemas boicotam
Redes americanas e europeia se recusam a exibir produção ao mesmo tempo
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O Netflix prepara mais uma novidade que deve mexer com o mercado. O serviço de streaming pretende lançar a sequência O Tigre e o Dragão 2: A Lenda Verde simultaneamente em sua locadora virtual e nas salas em IMAX, com estreia prevista para o dia 28 de agosto de 2015. Contudo, alguns dos principais exibidores do mundo prometem boicotar a produção.
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Nos EUA, as exibidoras AMC, Regal, Carmike e Cinemark garantiram que não irão exibir o longa. Juntas, as redes representam 257 das 418 salas no formato IMAX. Além delas, a exibidora canadense Cineplex e a europeia Cineworld tomaram a mesma decisão. Em todos os casos, a revolta foi contra a violação do modelo tradicional de lançamento, que conta com uma janela entre três e quatro meses entre a estreia do longa nos cinemas e o lançamento em vídeo.
Segundo o site The Hollywood Reporter, o filme está orçado em cerca de US$ 60 milhões e o Netflix irá financiar a produção ao lado da The Weinstein Co. O grande foco do longa seria a China, onde o filme original foi produzido e não existe o serviço de stream. Contudo, a rede com mais salas em IMAX fora dos EUA é a chinesa Wanda, que faz parte do grupo AMC e por isso não deve exibir o longa.
“A AMC e a Wanda Cinema são os maiores exibidores equipados com salas em Imax no mundo. Somente a AMC e a Wanda podem decidir a programação em seus respectivos cinemas. Ninguém nos procurou para licenciar está sequência feita direta para vídeo nem nos EUA, nem na China”, disse a AMC em comunicado oficial revelado pelo site The Hollywood Reporter.
O anuncio da parceria do Netflix com a Imax foi revelado na segunda-feira e, apesar da revolta praticamente imediata, Rich Gelfond, CEO da IMAX, disse em entrevista ao site THR que imaginava a resistência. “Sabia que não iria funcionar para algumas pessoas. Mas somos inovadores há 20 anos e frequentemente quando aparecemos com uma nova ideia, nem todo mundo gosta. Compreendo que as pessoas estão relutantes a mudança, mas se você ver o nosso histórico, verá que tudo o que fizemos beneficiou a bilheteria”, afirmou.
Está não é a primeira vez que exibidores nos EUA boicotam um filme que altera o modelo de lançamento tradicional. Em 2011, a Universal tentou lançar Roubo nas Alturas três semanas após o seu lançamento nas telonas em VOD, porém a maioria dos cinemas ao redor do país se recusou a exibir o longa e a distribuidora recuou.
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