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17 Setembro 2014 | Fábio Guedes

Recém-premiado em Gramado, “A Despedida” deve chegar aos cinemas no próximo semestre

A expectativa é do diretor Marcelo Galvão, que já prepara uma nova produção também para 2015

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(Foto: Divulgação)

A história do idoso de 92 anos que decide viver seus últimos momentos de amor ao lado de uma antiga amante, 55 anos mais nova, deverá chegar aos cinemas no primeiro semestre de 2015.

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O cineasta Marcelo Galvão inspirou-se nos derradeiros momentos vividos pelo seu avô para montar este enredo baseado em fatos reais, que levou A Despedida a ostentar quatro Kikitos em agosto último no Festival de Gramado, nas categorias de melhor direção, melhor ator (Nelson Xavier), melhor atriz (Juliana Paes) e melhor fotografia (Eduardo Makino).

Depois de se projetar com o filme Colegas no ano passado, que levou 147.678 espectadores aos cinemas entre os dias 1 e 24 de março, Galvão aposta nessa importante bagagem adquirida para despertar os olhares dos exibidores a este romance protagonizado pelos igualmente premiados atores Nelson Xavier e Juliana Paes.

“Foi um filme muito mais simples de ser feito em comparação com o Colegas e ao mesmo tempo profundo, que não gera tanta perspectiva de bilheteria, mas mostra que posso trabalhar outros gêneros e que é possível fazer um filme interessante sem muita verba”, afirma o diretor, em entrevista ao portal da Revista Exibidor.

Galvão pode até nutrir expectativas modestas em relação a público com A Despedida, mas diz já estar preparando o terreno para superar a barreira de 1 milhão de espectadores em sua próxima obra, O Matador, faroeste brasileiro passado nos anos 1930 e estrelado pelo cantor e ator Seu Jorge.

Ainda em fase de captação de recursos, a superprodução será distribuída pela Paris Filmes e deve concorrer já no próximo Festival de Gramado. Além de seus seis longas no currículo, o cineasta diz contar com a experiência na área publicitária para compreender o mercado e produzir um filme capaz de seduzir exibidores e o grande público.

“O filme já está todo construído, é muito bem amarrado, com diversas referências visuais interessantes. Junta tudo o que aprendi em todos esses anos e temos um cenário propício para abordar o período histórico do cangaço no Brasil”, diz Galvão.

Segundo ele, tem sido notória a abertura dos exibidores a filmes brasileiros e, na onda das comédias, os outros gêneros aos poucos vão surgindo nas telonas. Porém, acredita que ainda faltam carinho e paciência das empresas exibidoras com as produções nacionais.

“O exibidor está apostando mais em produções que têm todos predicados para serem filmes de bilheteria, mas essa abertura vai até a primeira semana. Se não fizer boa bilheteria, na segunda já sai de cartaz. É uma aposta, mas sempre ligada ao primeiro resultado, sem que haja tempo nem mesmo para o boca a boca”, pondera Galvão.

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