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10 Setembro 2014 | Por Janaina Pereira, de V

Alberto Barbera enaltece o crescimento do mercado de negócios em Veneza

Diretor do Festival faz um balanço da terceira edição do Venice Film Market

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Alberto Barbera durante o Festival de Veneza (Foto: Janaina Pereira)

O diretor do Festival de Veneza, Alberto Barbera, fez um retrospecto da 3ª edição do Venice Film Market (VFM) e enalteceu o trabalho de Pascal Diot a frente do evento de negócios que ocorre dentro da mostra cinematográfica. “Desde que foi criado em 2012, o VFM vem crescendo e isso se deve ao trabalho do Pascal, que não mede esforços para que cada vez mais distribuidores, exibidores e produtores venham a Veneza para comprar e vender seus filmes”, disse Barbera em entrevista no último dia do Festival, que acabou no sábado (6).

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Barbera aproveitou a oportunidade para criticar a briga entre os festivais, não só para a exibição de filmes como também pela disputa de mercado. “Muitos estúdios de Hollywood não consideram os festivais como a primeira opção para promoverem um filme e os produtores não gostam dessa imagem de guerra entre os festivais. Eles precisam promover os seus filmes. Nós não precisamos competir entre nós. Estamos aqui para fazer os nossos trabalhos, que é ajudar os cineastas a terem acesso ao mercado. Isso vale também para o trabalho que é feito nas feiras de negócios, como o Venice Film Market”, disse.

Alberto Barbera acrescentou que o VFM  atraiu mais investimentos para a indústria cinematográfica, levando a um crescimento no mercado que não se via há três anos. “A demanda por filmes foi tão alta que Pascal Diot, responsável pelo VFM, precisou rejeitar alguns filmes e aceitar 34 para serem apresentados aos exibidores, com 26 vendas envolvendo 16 títulos”.

Barbera reforçou que festivais continuam sendo um dos poucos lugares em que a lógica asfixiante de lucro não é predominante. “Não que esses eventos estão isentos da influência do dinheiro, mas vários festivais estão repletos de aspirações que podem ser atribuídas principalmente às demandas de experimentação. Por isso os negócios nos festivais ajudam as distribuidoras e exibidores a conhecerem o cinema de autor. Dessa forma, esses profissionais conseguem ver as coisas sob uma luz diferente, percebem o que por vezes permanece invisível ou pouco claro, para entrar em contato com uma ideia diferente do cinema, para farejar novas rotas alternativas que eles poderão levar aos públicos do mundo inteiro”, concluiu.

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